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Esse blog tem por objetivo a difusão primeira do ESPIRITISMO, fundamentada nos princípios básicos da Doutrina Espírita codificada por Allan Kardec.

28/05/2017

12ª Aula Parte A - FIXAÇÃO MENTAL

Mecanismo da Fixação Mental Dramas do Espírito 
Mecanismo da Mente Humana  

O homem é responsável pelo seu pensamento perante Deus, e somente Deus podendo conhecê-lo, aplica-lhe a pena ou absolve-o, segundo a sua justiça. (LE-834) 

“Pensar é criar. A realidade dessa criação pode não exteriorizar-se, de súbito, no Campo dos efeitos transitórios, mas o objeto formado pelo poder mental vive no mundo intimo, exigindo cuidados especiais para o esforço de continuidade ou extinção”. (“Pão Nosso” - Emmanuel, lição 15) 

A fixação mental é o estado em que se encontra o Espírito, encarnado ou desencarnado em decorrência de um acontecimento, e cujo organismo psíquico se acha dominado por uma idéia da qual não consegue se desvencilhar. A criatura afetada pela fixação, “não se interessa por outro assunto a não ser o da própria dor Isola-se do mundo externo, vibrando tão somente ao redor do desequilíbrio oculto em que se compraz. Nada mais ouve, nada mais vê e nada mais sente, além da esfera desvairada de si mesma”. 

O mecanismo da fixação mental “Os sofrimentos são o resultado dos laços que ainda existem entre o Espírito e a matéria. Quanto mais ele estiver desligado da influência da matéria, quanto mais desmaterializado, menos sensação penosa sofrerá. (...) Que dome as suas paixões animais: que não tenha ódio, nem inveja, nem ciúme, nem orgulho; que não se deixe dominar pelo egoísmo; que purifique sua alma, pelos bons sentimentos; que pratique o bem; que não dê as coisas deste mundo senão a importância que elas merecem; e, então, mesmo sob o seu envoltório corpóreo, já se terá purificado, desprendido da matéria, e quando o deixar, não sofrerá mais a sua influência” (L.E., 257). 
“Toda falta cometida, todo mal realizado é uma dívida contraída que deverá ser ressarcida; se não o forem uma existência, sê-lo-á na seguinte ou seguintes, porque todas as existências são solidárias entre si”. A situação do Espírito, no mundo espiritual, não é outra senão por si mesmo preparada na vida corpórea. (A. Kardec - O Céu e o Inferno, Cap. VII, 1a Parte - Código penal da vida futura, itens 9o e 28°). 

Quando o Espírito que reconhece sua culpa se fixa mentalmente no ato que cometeu, passa a emitir pensamentos de remorso que é um sentimento destruidor. A idéia fixa pode durar séculos e até milênios, estagnando a vida mental no tempo. 

Hilário, companheiro do Espírito André Luiz, com dificuldade para penetrar os enigmas da cristalização da alma em torno de certas situações e sentimentos, faz as seguintes perguntas ao Assistente Aulus. - Como pode a mente deter-se em determinadas impressões, demorando-se nelas, como se o tempo para ela não caminhasse? - E o problema da imobilização da alma? O interpelado ouviu com atenção e prosseguiu explicando conforme se observa no Capitulo 25 do livro: “Nos Domínios da Mediunidade” 

Encontramos no livro O Céu e o Inferno 2ª Parte (Exemplos), depoimentos de Espíritos como o do avarento identificado por François Riquier que se fixou na busca de seu dinheiro - (Cap. IV “Espíritos Sofredores”) ou o do Espírito Castelnaudary, condenado a morar na casa onde cometeu seus crimes (Cap. VI - “Criminosos Arrependidos”). 

Dramas do Espírito Na erraticidade, “numerosos Espíritos ai flutuam indecisos entre 0justo e o injusto, entre a verdade e o erro, entre a sombra e a luz. Outros estão sepultados no insulamento, na obscuridade, na tristeza, sempre a procura de uma benevolência, de uma simpatia que podem encontrar”. 

O Espírito sofre as consequências naturais de seus atos, que recaindo sobre ele próprio, o glorificam ou acabrunham. O ser padece na vida de além-túmulo não S6 pelo mal que fez, mas também por sua inação e fraqueza. (Léon Denis - Depois da Morte, Caps. XXXIV e XXXVI) 

André Luiz em Obreiros da Vida Eterna, Cap. VIII (Treva e sofrimento) comenta a pregação de Hipólito no momento que ele diz: “O estacionamento, após esforço destrutivo, estabelece clima propicio aos fantasmas de toda sorte, fantasmas que torturam a mente que os gerou, levando-a a pesadelos cruéis. Cavamos poços abismais de padecimentos torturantes, pela intensidade do remorso de nossas misérias íntimas. (...) De um lado, a falência gritante; do Outro, o desafio da vida eterna”. 
Mecanismo da mente humana  “A mente é a casa do Espírito. Como acontece a vivenda, ela possui muitos compartimentos com serventia para atividades diversas. Às vezes, sobrecarregarmos as dependências de nosso lar interior com idéias positivamente inadequadas as nossas necessidades”. (“Alma e Coração” - Emmanuel/F. C. Xavier). 

“Cada mente é como se fora um mundo de per si, respirando nas ondas criativas que despede - ou na psicosfera em que gravita para esse ou aquele objetivo sentimental, conforme os próprios desejos sem o que a lei de responsabilidade não subsistiria”. O pensamento age e reage carreando para o emissor todas as fecundações, felizes ou infelizes que arremessa de si próprio, a determinar para cada criatura os estados psíquicos que variam segundo os tipos de emoção e conduta a que se afeiçoe. Enquanto se não aprimore, é certo que o Espírito padecerá, em seu instrumento de manifestação, a resultante dos próprios erros. (Mecanismos da Mediunidade - A. Luiz, Caps. XVII e XXIV) 

Nos Domínios da Mediunidade diz Aulus: (...) Quando não nos esforçamos por superar a câmara lenta da angustia, a idéia aflitiva ou obcecante nos corrói a vida mental, levando-nos a fixação. 

André Luiz, no cap. XVI de Evolução em Dois Mundos, falando do mecanismo da mente explica: Alma e corpo assemelham-se ao musicista e seu instrumento. Conjugam-se um com o outro para a execução do trabalho que a vida lhes reserva. A alma é direção e o corpo obediência, é da Lei Divina que o homem receba em si mesmo o fruto da plantação que realizou, e de seu próprio comportamento retira o bem ou o mal que, lançando ao caminho, estará impondo a si mesmo. 

O Espírito não pode esquecer a sublimação de si mesmo, que é amais alta vitória no processo de regeneração. Não deve também cultivar os sentimentos negativos de culpa e remorso que poderio levá-lo a um estado de fixação mental. Arrepender-se da prática danosa e perseguir a reparação é o remédio. Por estas razões é que o apóstolo Paulo adverte aos cristãos de Filipos: “uma coisa faço: esquecendo-me do que fica para trás e avançando para o que está adiante, prossigo para o alvo, para o prêmio da vocação do alto, que vem de Deus em Cristo Jesus” (Epístola aos Filipenses, 3:13). 

Bibliografia: KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos: pergs. 229, 257, 834, 965 a 972-a XAVIER, Francisco Cândido (Espírito André Luiz). Nos Domínios da Mediunidade; Cap.25 XAVIER, Francisco Cândido; VIEIRA, Waldo (Espírito André Luiz). Mecanismos da Mediunidade: Caps. XVII e XXIV XAVIER, Francisco Cândido (Espírito André Luiz). Evolução em Dois Mundos: Cap. XVI KARDEC, Allan. A Gênese: Cap. XIV item 16 KARDEC, Allan. O Céu e o Inferno: Caps. IV (Espíritos Sofredores) e VI (Criminosos Arrependidos) XAVIER, Francisco Cândido (Espírito Emmanuel). Pão Nosso: Lição 15 DENIS, Leon. Depois da Morte: Caps. XXXIV e XXXVI XAVIER, Francisco Cândido (Espírito André Luiz). Obreiros da Vida Eterna A Bíblia de Jerusalém. Epístola aos Filipenses: cap. 3, versículo 13 XAVIER, Francisco Cândido (Espírito Emmanuel). Alma e Coração: lição 11 (Tua Mente) 

Parte B - NECESSIDADE DA REENCARNAÇÃO - VIAGEM DA VIDA 

A volta do Espírito ao mundo corpóreo é conhecida desde os tempos remotos. Egípcios, os Hindus e os Gregos sabiam que a alma poderia voltar a Terra, usando um novo corpo. 

O Espírito não se purifica senão com vagar e as diversas encarnações são os alambiques em cujo fundo ele deixa, de cada vez, suas impurezas. 

A reencarnação é a mais excelente demonstração da Justiça Divina, em relação aos infratores das Leis, na trajetória humana, facultando lhes a oportunidade de ressarcirem numa as falhas cometidas em existências anteriores. A evolução é impositiva da Lei de Deus, incessante, inquestionável. Nessa Lei não existe o repouso, o desinteresse, a inércia. Por toda a Parte e sempre o impositivo da evolução, o imperativo do progresso. Ela enseja, mediante processo racional, a depuração do Espírito que evolve, contribuindo simultaneamente para o aperfeiçoamento e a sutilidade da própria organização física, nos milênios contínuos da evolução. 

Allan Kardec, o Codificador da Doutrina Espírita, defende com argumentação irretorquível, o imperativo da reencarnação sob a ótica da justiça e da misericórdia de Deus. (L.E. item 222). Mas foi Jesus, indubitavelmente, quem melhor afirmou a necessidade da reencarnação, a fim de que o homem possa atingir o Reino de Deus. Em seu diálogo com Nicodemos (João, III 1-12) asseverou que o retorno a organização física para reparar e aprender, nascendo “do corpo e do Espírito”, repetindo as experiências que a necessidade impõe para a própria redenção. Não obstante Nicodemos interrogar: como tal seria possível, retomar ao ventre materno?, o Senhor assegurou-o, interrogando-o, a seu turno: como seria crível que ele doutor em Jerusalém, ignorasse aquilo, que era conhecido pelos estudiosos e pelos profetas?! 

Posteriormente, respondendo as perguntas dos discípulos (Mateus, 17:10-13), ao descer do Tabor, após a transfiguração. Reiterou que o Elias esperado, “aquele que havia de vir, já viera”, facultando aos discípulos que entenderam ser de “João Batista que Ele falara”. Somente pela reencarnação e não através da ressurreição João Batista poderia ser Elias, o Profeta querido de Israel. 

Jesus não modificou nem o ensino dos profetas nem o estabelecido pela Lei Antiga. Os adotou, acrescentando a sublime Lei do Amor, como sendo a única que poderia facultar ao homem a paz e a felicidade almejadas, propiciando-lhes desde a Terra, o sonhado Reino de Deus. 

“Quando Jesus nos convocou a perfeição, conhecia claramente a carga de falhas e deficiências de que estamos ainda debitados perante a Contabilidade da vida. (...) Somos criaturas humanas, a caminho da sublimação necessária e, nessa condição, errar e corrigir-nos para acertar sempre mais, são impositivos de nosso roteiro”. (Emmanuel - “Alma e Coração”, lição 54) 

Bibliografia: KARDEC, Allan. Livro dos Espíritos: item 222 KARDEC, Allan. Evangelho Segundo o Espiritismo: Cap. IV “Ninguém pode ver o Reino de Deus se não nascer de novo. KARDEC, Allan. GE: Cap. 11, item 35 XAVIER, Francisco Cândido (Espírito Emmanuel). Alma e Coração: lição 54 PUGLIA, Silvia C. S. C. – CDM  

Questões para reflexão: 
1) Explique o mecanismo da fixação mental. 
2) Faça o seu comentário sobre o mecanismo da mente humana.
 3) Descreva o que você entendeu sobre a necessidade da reencarnação. 
4) Descreva sobre o efeito da Lei de Amor na evolução das almas.  

Parte C - DPM - QUINTA FASE – MANIFESTAÇÃO 

Esta fase é a finalização do processo, onde o Espírito comunicante se manifesta através de um médium que lhe permite a manifestação, seja pela forma verbal (psicofonia ou incorporação) ou escrita (psicografia), sendo pela forma consciente (telepática-ligação mente a mente), semi-consciente (ligação perispiritual entre ambos) ou inconsciente (transe sonambúlico e transe letárgico). 
Nesta fase o médium encontra-se na fase do envolvimento, com o Espírito comunicante já enviando a mensagem, bastando ao médium transmiti-la conforme a orientação do Dirigente de classe seja verbal ou escrita.

As idéias em forma de ondulações são recebidas pelo médium, interpretadas, ampliadas, trabalhadas e retransmitidas através do cérebro físico, sistema nervoso, órgãos da palavra (comunicação oral), braço e mão (comunicação escrita). Nesta fase de aprendizado primário, trabalhamos somente com os Benfeitores Espirituais. 

O dirigente da classe orienta os alunos da necessidade constante de cuidar de sua educação mediúnica através dos três aspectos vistos anteriormente, necessários ao seu aprimoramento mediúnico, que são: Aspecto Intelectual (Instruir-se na Doutrina Espírita, para obter conhecimentos especializados sobre mediunidade); Aspecto Moral (Evangelização do Médium, Renovação Interior, Evangelho no Lar); Aspecto Técnico (Refere-se à pratica, à técnica, ao adestramento de suas faculdades, para adquirir flexibilidade mediúnica, auto -controle, agindo com eficiência). 

O Dirigente da classe pede aos Benfeitores Espirituais que atuem nos médiuns acentuando sua ação em cada fase, dando o tempo necessário até o envolvimento, e na manifestação pedir que eles transmitam aos médiuns uma mensagem rápida, sendo uma ou duas palavras, no máximo uma frase, auxiliando assim aos médiuns em sua educação mediúnica. 

# Pensamento elevado e sintonizado na tarefa nos dará nitidez da mensagem # 

FEESP - CURSO DE EDUCAÇÃO MEDIÚNICA – 1º. ANO 

2 comentários:

  1. Parabens pelo seu importantissimo trabalho, pois tem me ajudado muito, pois coordeno um grupo de estudo no Nucleo Espirita Bezerra de Menezes em Recife - PE e utilizo essa apostila. Inclusive, gostaria de saber se vai disponibilizar a 13 aula, pois ja copiei ate a 12. Muitissimo obrigado e que Jesus ampare os Vossos nobres e dignificantes propositos.

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    1. Boa noite! Se você desejar, pode me enviar um email que te envio as apostilas dos dois anos completas.

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