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Esse blog tem por objetivo a difusão primeira do ESPIRITISMO, fundamentada nos princípios básicos da Doutrina Espírita codificada por Allan Kardec.

24/04/2016

MEDIUNIDADE


Mediunidade - qualidade de médium (dicionário Aurélio) Médium - substantivo de dois gêneros:   Segundo o Espiritismo, o intermediário entre os vivos e a alma dos mortos;  Meio para a transmissão de uma mensagem. (dicionário Aurélio) 

Médium - suposto intermediário entre os vivos e a alma dos mortos - pessoa a que se atribui o poder de comunicar-se com a alma dos mortos. (Koogan Larousse - Pequeno Dicionário Enciclopédico). 

Na visão espírita “A mediunidade é atributo do Espírito, patrimônio da alma imortal, elemento renovador da posição moral da criatura terrena, enriquecendo todos os seus Valores no capitulo da virtude e inteligência, sempre que se encontre ligada aos princípios evangélicos na sua trajetória pela face do mundo.” (O Consolador - perg. 382) 

“Digamos, de início, que a mediunidade é inerente a uma disposição orgânica, de que todos podem ser dotados, como o de ver, ouvir e falar (...) A mediunidade não implica necessariamente as relações habituais com os Espíritos superiores. É simplesmente uma aptidão, para servir de instrumento, mais ou menos dócil, aos Espíritos em geral. O bom médium não é, portanto, aquele que tem facilidade de comunicação, mas o que é simpático aos bons Espíritos e só por eles é assistido. É neste sentido, unicamente, que a excelência das qualidades morais é de importância absoluta para a mediunidade.” (E.S.E., cap. XXIV, item 12).  

“O dom da mediunidade é tão antigo quanto o mundo. Os profetas eram médiuns. Os mistérios de Eleusis foram fundados sobre a mediunidade. Os caldeus, os assírios, possuíam médiuns. Sócrates era dirigido por um Espírito que lhe inspirava os princípios de sua filosofia. Todos os povos tiveram seus médiuns. E as inspirações de Joana D’Arc nada mais eram que a voz dos Espíritos benfeitores que a orientavam”. (LM, cap. XXXI, item 11). 

Portanto todos os homens são médiuns. Todos têm um Espírito que os dirige para o bem, quando eles sabem escutá-lo. Todos a possuem em graus que diferem de acordo com o indivíduo, porém o termo propriamente dito se aplica as pessoas dotadas de mediunidade ostensiva no campo dos fenômenos físicos e intelectuais. 

Kardec nos diz em O Livro dos Médiuns que: “toda pessoa que sente a influência dos Espíritos em qualquer grau de intensidade é médium. Por isso mesmo não constitui privilégio e são raras as pessoas que não a possuem pelo menos em estado rudimentar. Pode-se dizer, pois, que todos são mais ou menos médiuns.” (LM, cap. XIV, item 159). 

Portanto, como nos ensina Hermínio C. Miranda, na obra ‘Diversidade dos Carismas’: “1- o médium é uma pessoa, ou seja, um ser humano dotado de certas faculdades especiais de sensibilidade; 2- pode servir, mas nem sempre quer e nem sempre tem tarefas a exercer no campo específico da mediunidade, ou, no âmbito mais limitado desta, poderá ter tarefas em determinado tipo de mediunidade e não em outros; 3- é um instrumento para que a comunicação se faça, mas não a fonte geradora da mensagem, seja ela visual, auditiva, olfativa ou qualquer outra; 4- opera entre Espíritos desencarnados, de um lado, e Espíritos Encarnados, de outro. Podemos acrescentar um quinto elemento na análise da definição, “é um servidor, cabe-lhe fazê-lo com dignidade, fidelidade e honestidade.” (II volume, pag. 12). 

Oportuna a lição do médium Francisco Cândido Xavier, na qual dizia: “O telefone da mediunidade só toca de lá para cá e não daqui para lá, eu não tenho o poder de trazer nenhum Espírito aqui. O que Deus me deu foi à capacidade de perceber quando há, perto de mim, um Espírito que deseje se comunicar”. 

André Luiz e Emmanuel, no livro ‘Opinião Espírita’, psicografado por Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira, sabendo que alguns médiuns têm medo, os aconselham, nos seguintes termos: 

“Médiuns, se o medo é o teu problema individual, no que respeita a prática medianímica, situa na construção da fé raciocinada a melhoria que aspiras”. “A coerência com os princípios que esposamos ensina-nos que a criatura de fé verdadeira nada teme, senão a si própria, atenta que vive as fraquezas pessoais. Em razão disso, é correto receares simplesmente a ti mesmo, em todos os sentimentos que ainda não conseguiste disciplinar”. 


“Se não te amedrontas face à condição de intérprete na troca verbal entre criaturas que versam idiomas diferentes por que temer a posição de instrumento entre pessoas domiciliadas em esferas diferentes, carecidas da cooperação mediúnica?” “Por que motivo te assusta diante dos desencarnados, que são, na essência, personalidades iguais a ti mesmo?” “Medo é inexperiência” 
Atuação do Médium O intercâmbio mediúnico ocorre através do pensamento, é uma ligação mental estabelecida entre o Espírito comunicante e o Espírito do médium receptor. 

Como os Espíritos se comunicam por pensamentos e não por palavras, e a sintonia se estabelece através da semelhança de propósitos, são idéias ou imagens que o Espírito emite em ligação com o médium, e que esse capta conforme sua capacidade. 

“Nessa ligação mental, o perispírito apresenta um papel muito importante, pois ele é o elo material entre o Espírito e a matéria. Pela sua união íntima com o corpo, o perispírito desempenha um papel preponderante no organismo; pela sua expansão, coloca o Espírito encarnado em relação mais direta com os Espíritos livres, e também com os encarnados.” (GE., cap. XIV, item 17) 

Por intermédio do Espírito André Luiz, podemos compreender melhor o aspecto específico da relação entre o perispírito e o corpo físico no fenômeno mediúnico, quando se refere à mediunidade espontânea que começa a aflorar no homem primitivo: “Os encarnados que demonstrassem capacidade mediúnica mais evidente, pela comunhão menos estreita entre as células do corpo físico e do corpo espiritual, em certas regiões do campo somático, passaram das observações, durante o sono, as observações da vigília (...) Quanto menos densos os elos entre os implementos físicos e espirituais, nos órgãos da visão, mais amplas as possibilidades na clarividência, prevalecendo às mesmas normas para a clariaudiência e para modalidades outras...” (Evolução em Dois Mundos, cap. 17, pg. 134). 

A mediunidade surge como veículo utilizado pelos Espíritos para nos trazerem a terceira revelação. “O espiritismo é a terceira revelação da lei de Deus, mas não está personificado em ninguém, porque ele é o produto do ensinamento dado, não por um homem, mas pelos Espíritos, que são as vozes do céu, em todas as partes da terra e por inumerável multidão de intermediários.” (E.S.E., cap. 1, item 6). 

Mediunidade na Bíblia “Muitas passagens do Evangelho, da Bíblia, e dos autores sagrados em geral são ininteligíveis, e muitas mesmo parecem absurdas, por falta de uma chave que nos dê o seu verdadeiro sentido. Essa chave está inteirinha no Espiritismo, como já se convenceram os que estudaram seriamente a doutrina, e como ainda melhor se reconhecerá mais tarde. O Espiritismo se encontra por toda a parte, na antiguidade, e em toda época da Humanidade. Em tudo encontramos os seus tragos, nos escritos, nas crenças e nos monumentos, e é por isso que, se ele abre novos horizontes para o futuro, lança também uma viva luz sobre os mistérios do passado.” (E.S.E. - introdução, n° 1) 

Por oportuno, convém observamos que na própria história bíblica, no Antigo Testamento, encontramos, entre outros termos, o vidente para designar o indivíduo portador de mediunidade. Mais tarde, aqueles que tiveram contato com o mundo espiritual, foram chamados de profetas. 
Vejamos texto seguinte, extraído do livro primeiro de Samuel: “Saul se encontra com Samuel - subindo a ladeira da cidade, cruzaram com duas jovens que saiam para buscar água e lhe perguntaram: ‘o vidente está na cidade?’ - antigamente, em Israel, quando alguém ia consultar a Deus, dizia: ‘vamos ao vidente’, porque, em vez de ‘profeta’, como hoje, dizia-se: ‘vidente’...” (I Samuel, 9:11). 

A Bíblia de Jerusalém (Paulus Editora, 1985) traz-nos a seguinte explicação sobre os termos profeta: “A bíblia hebraica agrupa os livros de Isaías, Jeremias, Ezequiel e dos doze profetas sob o título de “profetas posteriores e os coloca após o conjunto Josué-Reis, ao qual da o nome de profetas anteriores”.(pg.1331). 

“Destaca, ainda, que (...) não é de estranhar que a bíblia coloque Moisés no inicio da linhagem dos profetas (Dt 18,15. 18) e o considere como o maior de todos (Nn 12,6-8; Dt 34,10-12)” (pg. 1333). 

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Relata ainda que “em graus diversos e sob formas variadas, as grandes religiões da antiguidade tiveram pessoas inspiradas que pretendiam falar em nome de seu Deus. Em especial entre os povos vizinhos de Israel.” (pg. 1331). 

Mediunidade no Novo Testamento Com a vinda de Jesus, trazendo a segunda revelação, a mediunidade passou a ser vista com uma visão mais realista, porém, se fez necessário o seu desencarne, o retomo a pátria espiritual, para demonstrar a inexistência da morte do Espírito, culminando com o acontecimento no dia de Pentecostes. Pode-se afirmar que o Evangelho de Jesus e a sua epopeia terrestre é o triunfo da vida sobre a morte. 

Em Mateus encontramos o seguinte relato mediúnico denominado transfiguração: “Seis dias depois, Jesus tomou Pedro, Tiago e seu irmão João, e os levou para lugar a parte, sobre uma alta montanha. E ali foi transfigurado diante deles. O seu rosto resplandeceu como o sol e as suas vestes tornaramse alvas como a luz. E eis que lhes aparecem Moisés e Elias conversando com ele. Então Pedro, tomando a palavra, disse a Jesus: “Senhor, é bom estarmos aqui. Se queres, levantarei aqui três tendas: uma para ti, outra para Moisés e outra para Elias”. Ainda falava, quando uma nuvem luminosa os cobriu com a sua sombra e uma Voz, que saia da nuvem, disse: “este é meu filho amado, em quem me comprazo ouvi-o !”Os discípulos, ouvindo a voz, muito assustados, caíram com o rosto no chão. Jesus chegou perto deles e, tocando-os, disse: “levantaivos e não tenhais medo. “Erguendo os olhos, não viram ninguém: Jesus estava sozinho” (Mateus, 17: 1-8) 

Fato semelhante aconteceu mais tarde, quando Pedro prepara o batismo dos primeiros gentios:  “Pedro estava falando estas coisas, quando o Espírito santo caiu sobre todos os que ouviam a palavra. E os fiéis que eram da circuncisão, que tinham vindo com Pedro, ficaram estupefatos de verem que também sobre os gentios se derramara o dom do Espírito Santo, pois ouviam-nos falar em línguas e engrandecer a Deus. Então disse Pedro: “poderia alguém recusar a água do batismo para estes que receberam o Espírito Santo como nós?”E determinou que fossem batizados em nome de Jesus Cristo” (Atos, 10-44,47). 

Com a propagação do Cristianismo, as diversas manifestações mediúnicas também cresceram, motivo pelo qual vamos encontrar algumas recomendações sobre esses fatos. 

João, em sua primeira epístola, ao nos ensinar a viver como filho de Deus, nos recomenda: 

“Caríssimos, não acrediteis em qualquer Espírito, mas examinai os Espíritos para ver se são de Deus, pois muitos falsos profetas vieram ao mundo...” (4-1). Nos diz, ainda que “ninguém jamais viu a Deus; quem nos revelou Deus foi o filho único, que esta junto do pai” (1-18). 

Paulo, também adverte aos coríntios, na primeira epístola: “Procurai a caridade. Entretanto, aspirai aos dons do Espírito, principalmente a profecia. Pois aquele que fala em línguas, não fala aos homens, mas a Deus. Ninguém o entende, pois ele, em Espírito, enuncia coisas misteriosas. Mas aquele que profetiza fala aos homens: edifica, exorta, consola. Aquele que fala em línguas edifica a si mesmo, ao passo que aquele que profetiza edifica a assembleia. Desejo que todos falem em línguas, mas prefiro que profetizem. Aquele que profetiza é maior do que aquele que fala em línguas, a menos que este mesmo as interprete, para que a assembleia seja edificada...” (14- 1,25). 

Existem diversas outras passagens demonstrando o mediunismo, tanto no Antigo como no Novo Testamento, porém, as citadas dão uma idéia da importância e da responsabilidade do médium no trabalho na seara de Jesus. 

Bibliografia A Bíblia de Jerusalém - Antigo Testamento e Novo Testamento XAVIER, Francisco Cândido; VIEIRA, Waldo (Espíritos André Luiz e Emmanuel). Opinião Espírita: lição 41 KARDEC, Allan. Livro dos Médiuns: 2ª Parte - Cap. XXXI, item ll - Cap. XIX, item 225 - Cap. XIV item 159 - Cap. XVII, item 209 - Cap. XVI, item 187 KARDEC, Allan. A Gênese: Cap. XIV, item 17 XAVIER, Francisco Cândido (Emmanuel). O Consolador: perg. 382 GIMENEZ, Henrique Ney de. A Mediunidade na Bíblia. KARDEC, Allan. Evangelho Segundo Espiritismo: Cap. I, item 6 e introdução -item 1 KARDEC, Allan. Livro dos Espíritos. XAVIER, Francisco Cândido; VIEIRA, Waldo (Espírito André Luiz). Evolução em Dois Mundos: Cap. 17 XAVIER, Francisco Cândido (Emmanuel). Roteiro: Lição 27 MIRANDA, Hermínio C. Diversidade dos Carismas: Vol. I e II XAVIER, Francisco Cândido; VIEIRA, Waldo (Autores Espirituais Diversos). O Espírito da Verdade: lição no. 67 


Parte B - MEDIUNIDADE E FIDELIDADE 

Ao longo de sua trajetória evolutiva, o homem, ao receber por acréscimo da misericórdia divina a ferramenta de trabalho espiritual denominada mediunidade, dela serviu-se em busca do seu aprimoramento, porém nem sempre a utilizou com fidelidade e responsabilidade, gerando comprometimentos para o seu futuro. 

E fidelidade conquistou com o exercício da mediunidade com amor, humildade e discrição. Kardec deu-nos o exemplo disso, quando nunca ressaltou nenhum médium que o auxiliou na Codificação. 
Em “Roteiro”, o autor espiritual Emmanuel nos diz: “... E ainda em todos os acontecimentos religiosos que precederam a vinda do Cristo, a manifestação dos desencarnados ou o fenômeno espírita comparece por vívido clarão da verdade, orientando os sucessos e guiando as supremas realizações do esforço coletivo...”, concluímos que a alegria ou tristeza, fé ou descrença, saúde ou doença e tantos outros estados da alma, dependem unicamente de como nos conduzimos, agindo e interagindo com o próximo, haja vista que para o serviço mediúnico com Jesus, há a exigência de estudo constante, disponibilidade, disciplina, renúncia e sobretudo, vigilância. 

O Espírito André Luiz na obra “Sol nas Almas” psicografado por Waldo Vieira, lição n° 67 se reporta a responsabilidade: “...Necessário saiba o médium que aptidões estabelecem responsabilidades e que estas, honorificadas pelo trabalho construtivo e menosprezadas por atividades menos dignas gera, respectivamente, o auxilio dos poderes que elevam a vida ou a Companhia dos agentes que a rebaixam...”, isso nos traz a realidade atual, a necessidade de auto iluminação do médium para que ele possa sempre ser um instrumento fiel e consciente do seu compromisso junto ao próximo, como recurso de inolvidável sintonia com o Bem Maior. Do mesmo autor espiritual, o livro “O Espírito da Verdade”, lição no70, “...lembre-se de que, na tarefa de ajudar, o bem maior é sempre aquele que ainda está por fazer, a espera da nossa disposição...”, ou seja, este é o médium fiel, o que auxilia, que coopera, distribui, empresta, organiza e exemplifica em todas as circunstâncias com naturalidade, discrição e caridade nas suas menores atitudes. 

No Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. XXIV, item 11, “Os sãos não precisam de médico”, temos: “... que a mediunidade e inerente a uma condição orgânica, de que todos podem ser dotados, como a de Ver, ouvir ou falar. Não há nenhuma de que o homem, em consequência do seu livre-arbítrio, não possa abusar...”, isso denota que a cada um será pedido contas do uso da faculdade recebida, por ser esta, o Auxilio Divino que o Pai Criador em sua infinita bondade, através de seus mensageiros, nos permite levar a luz a todos, dissipando as trevas da ignorância e da má vontade; o fortalecimento no bem a todos os virtuosos; a orientação com extremado amor aos viciosos, para que estes possam se conduzir a Jesus, arrependidos e dispostos ao trabalho com os amigos espirituais em busca da ascensão espiritual. 

Bibliografia: VIEIRA, Waldo (André Luiz). Sol nas Almas: Lição 67 XAVIER, Francisco Cândido; VIEIRA, Waldo (Autores Espirituais Diversos). O Espírito da Verdade: lições 05, 14, 19, 29 e 70 KARDEC, Allan. Evangelho Segundo Espiritismo: Cap. VI, item 8; cap. XVIII, item 3; cap. XXIV itens 4, 11 e 12; e, cap. XXVI, item 7. XAVIER, Francisco Cândido (Emmanuel). Roteiro MIRANDA, Hermínio C. Diversidade de Carismas, vol. II 
Questões para reflexão: 1) Explique o que é mediunidade e por que todos os homens são médiuns? 2) Comente sobre o medo do médium de ter contato com os Espíritos. 3) Faça um breve relato da fidelidade do médium em suas tarefas mediúnicas. 4) Analise os ensinamentos de Jesus: “os sãos não precisam de médico”.  


Parte C - ABERTURA E ESCLARECIMENTO SOBRE O DESENVOLVIMENTO PRÁTICO MEDIÚNICO (DPM) - PREPARAÇÃO DO AMBIENTE 

Para que um bom trabalho se realize é necessário começarmos pela preparação do ambiente. Tomemos como exemplo uma oficina mecânica ou de costura; se o local estiver em desordem, sujo, ferramentas e peças espalhadas por toda a parte, a qualidade do trabalho fica comprometida. 

1a Aula -  9 
Como em qualquer atividade, o ambiente para o trabalho mediúnico também deve ser preparado. Essa preparação inclui as pessoas presentes, pois é necessária harmonia e sintonia entre todos. Quanto mais homogêneo for o pensamento, o sentimento, a vontade direcionados para o bem, mais fáceis e proveitosos será a manifestação do Plano Espiritual. 

Este primeiro exercício tem como objetivo demonstrar ao aluno a forma de preparar o ambiente, elevando o pensamento e harmonizando-o com o dos Benfeitores Espirituais presentes.  A projeção do pensamento como energia luminosa ajuda a estabelecer um ambiente higienizado e propício ao trabalho. O dirigente da parte prática dará maiores detalhes e conduzirá os alunos durante o exercício; os monitores presentes irão apurar a sua participação. 

# A disciplina é requisito fundamental no sucesso da atividade mediúnica # 

Bibliografia: - PUGLIA, Silvia Cristina Stars de Carvalho. CDM – Curso para Dirigentes e Monitores de Desenvolvimento 

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FONTE: Edições FEESP , Curso de Educação mediúnica, 1º ano, 28ª edição,2012

03/04/2016

CONTOS ESPÍRITAS


A FAMA DE RICO

O Coronel Manoel Rabelo, influente fazendeiro no Brasil Central, fora acometido de paralisia nas pernas. Vivia no leito, rodeado pelos filhos atentos. Muito carinho. Assistência contínua.

No decurso da doença, veio a conhecer a Doutrina Espírita, que lhe abriu novos horizontes à vida mental. Pouco a pouco desprendia-se da ideia de posse. Para que morrer com fama de rico? Queria agora a paz, a bênção da paz.

Viúvo, dono de expressiva fortuna e prevendo a desencarnação próxima, chamou os quatro filhos adultos e repartiu entre eles os seus bens. Terras, sítios, casas e animais, avaliados em seis milhões de cruzeiros, foram divididos escrupulosamente.

Com isso, porém, veio a reviravolta. Donos de riqueza própria, os filhos se fizeram distantes e indiferentes. Muito embora as rogativas paternas, as visitas eram raras e as atenções inexistentes.

Rabelo, muito triste e quase completamente abandonado, perguntava a si mesmo se não havia cometido precipitação ou imprudência. Os filhos não eram espíritas e mostravam irresponsabilidade completa.

Nessa conjuntura, apareceu-lhe antigo e inesperado devedor. O Coronel Antonio Matias, seu amigo da mocidade, veio desobrigar-se de empréstimo vultoso, que havia tomado sob palavra, e pagou-lhe dois milhões de cruzeiros, em cédulas de contado.

Na presença de dois dos filhos, Rabelo colocou o dinheiro em cofre forte, ao pé da cama. Sobreveio o imprevisto. Os quatro filhos voltaram às antigas manifestações de ternura. Revezavam-se junto dele. Papas de aveia. Caldos de galinha. Frutas e vitaminas. Mantinham-se cobertores quentes e fiscalizavam a passagem do vento pelas janelas. Raramente Rabelo ficava algumas horas sozinho.

E, assim, viveu ainda dois anos, desencarnando em grande serenidade.
Exposto o cadáver à visitação pública, fecharam-se os filhos no quarto do morto e, abrindo aflitivamente o cofre, somente encontraram lá um bilhete escrito e assinado pela vigorosa letra paterna, entre as páginas de surrado exemplar de “O Evangelho segundo o Espiritismo”.


O papel assim dizia: “Meus filhos, Deus abençoe vocês todos. O dinheiro que me restava distribuí entre vários amigos para obras espíritas de caridade. Lego, porém, a vocês, o capitulo décimo quarto de “O Evangelho segundo o Espiritismo”.

E os quatro, extremamente desapontados, leram a legenda que se seguia:
“Honrai a vosso pai e a vossa mãe. – Piedade filial”.


Waldo Vieira (médium)
Hilário Silva (espírito)  Livro: Almas em Desfile


Colaboradora: Rita Barretto

BREVES CONSIDERAÇÕES SOBRE O PERISPÍRITO

Resultado de imagem para espírito e perispírito Fonte: Google Imagens
 
Codificador Allan Kardec usou o vocábulo perispírito para designar aquilo que envolve fluidicamente o espírito. É, portanto, um laço fluídico, o intermediário entre o espírito e o corpo físico. É por este laço que o espírito consegue agir sobre a matéria e vice versa. Na nossa condição de espíritos em evolução, em existindo o espírito, necessariamente existirá também o perispírito.
É semi-material, constituído de um complexo de energias e fluidos, estruturando um “corpo” para o espírito. Pode ser comparado como uma matéria muito sutil que envolve o espírito. É também chamado de corpo espiritual. É o traço de união entre a vida corpórea e a vida espiritual.
O Perispírito possui quatro FUNÇÕES básicas:
Instrumental - A função primordial do perispírito é servir de instrumento do Espírito em sua interação com os mundos espiritual e físico. Esta função permite a percepção, a absorção ou o bloqueio de energias e fluidos que chegam até o indivíduo.
Individualizadora -  Serve à individualização e identificação. O Espírito é único e diferenciado e o perispírito, como seu envoltório, mostra-o, reflete-o, assegurando-lhe identidade exclusiva.
Organizadora - Possibilita a atuação do Espírito no processo de reencarnação, figura como um arquétipo, pois responde pela própria estruturação do corpo. Na encarnação / reencarnação, o perispírito se liga célula a célula ao corpo físico, desde o processo da fecundação, passando pela multiplicação das células e pela diferenciação das estruturas orgânicas.
Sustentadora - Sustenta o corpo físico desde a sua formação até o seu completo crescimento, conservando-o, depois, na vida adulta, durante o tempo necessário. Proporciona o delicado e complexo processo de renovação celular, em que as células são periodicamente substituídas, sem que seja alterada qualquer parte do corpo, conservando a pessoa até mesmo os traços fisionômicos.
PROPRIEDADES do Perispírito:
 
Plasticidade: possui extremo poder plástico, adaptando-se às ordens mentais que brotam continuamente do Espírito.
 
Densidade: o perispírito não deixa de ser matéria, ainda que de natureza quintessenciada, apresentando certa densidade, que se relaciona com o grau de evolução da alma.
 
Ponderabilidade: possui massa imperceptível para os instrumentos dos encarnados terrenos, mas mensurável na dimensão espiritual.
 
Luminosidade: “Por sua natureza, possui o perispírito uma propriedade luminosa que se desenvolve sob o influxo da atividade e das qualidades da alma (...) A intensidade da luz está na razão da pureza do Espírito; as menores imperfeições morais atenuam-na e enfraquecem-na (Allan Kardec)”.
 
Penetrabilidade: o Perispírito, em função de suas características vibratórias, possui natureza etérea que lhe permite atravessar qualquer barreira física terrena. Visibilidade:  é completamente invisível para os olhos físicos. Não o é para os Espíritos. Aos encarnados, vê-lo só é possível para pessoas preparadas mediunicamente, pela propriedade chamada “os olhos da alma”.
 
Tangibilidade: com o devido suporte ectoplasmático, pode tornar-se materialmente tangível, no todo ou em parte.
 
Sensibilidade Global: É a propriedade do Perispírito que popularmente se chama “os olhos da alma”. Se quando encarnado o Espírito recolhe impressões por meio de vias especializadas que compõem os órgãos dos sentidos, sem o corpo físico, sua capacidade de perceber amplia-se extraordinariamente.
 
Sensibilidade Magnética: O Perispírito possui características eletromagnéticas, como um campo de força. Assim, é sensível à ação magnética.
 
Expansibilidade: é indivisível, podendo conforme suas condições, expandir-se, aumentando inclusive o campo de percepção.
 
Bicorporeidade: Faculdade do perispírito, que possibilita, em condições especiais, o seu desdobramento (“fazer-se em dois”).
 
 Unicidade: A estrutura perispirítica como reflexo da alma, é única. Não há perispíritos iguais, como, a rigor, não existem almas idênticas.
 
Perenidade: acompanha o Espírito em sua marcha evolutiva, não perecendo junto com o corpo físico.
 
Mutabilidade:  no decorrer do processo evolutivo, modifica-se em estrutura, forma e atmosfera fluídica.
 
Capacidade Refletora: reflete contínua e incessantemente os estados mentais do Espírito. Odor: a refletir-se na aura, caracteriza-se, também por odor particular, facilmente perceptível pelos Espíritos.
 
Temperatura: pode apresentar, pelo menos em intercâmbios mediúnicos, temperatura própria; alguns médiuns registram uma espécie de gélido torpor em determinados ambientes ou pela aproximação de Espírito sofredor.
 O ser humano, como complexo tripartite (Espírito, perispírito e corpo físico), tem em si um forte componente energético, oriundo do perispírito e das relações deste com o Espírito. O componente energético no ser humano se reveste de tanta ou mais importância que o componente físico ou material, afetando tanto o corpo como o Espírito, pela interface do perispírito.
Assim, tudo no Universo se liga, tudo se encadeia; tudo se acha submetido à grande e harmoniosa lei de unidade, desde a mais compacta materialidade, até a mais pura espiritualidade (GEN, cap XIV 12).
Colaboradora: Rita Barretto 
Referências Bibliográficas:
Gabriel Delanne, “A Alma é Imortal” – FEB; ESDE, programa complementar - FEB.

01/04/2016

Você sabe dizer NÃO?


As provas do mundo estão a nos testar a todo o momento. Para não sucumbir a elas precisamos saber o que queremos para então nos posicionarmos.

Nós, seres imperfeitos num mundo de provas e expiações somos testados a todo instante. Jesus na sua plenitude foi testado durante 40 dias e 40 noites no deserto da Judéia, então como pensar que nós não seríamos?

Como uma amiga e companheira de anos de doutrina me disse: “nasci obsidiada e morrerei obsidiada”. Difícil a gente assumir isso, ainda mais se nos achamos supra-espiritualizados, mas acreditem, nós estamos sofrendo a todo momento as influências espirituais.

459. Os Espíritos influem sobre os nossos pensamentos e as nossas ações?
-- Nesse sentido a sua influência é maior do que supondes, porque muito frequentemente são eles que vos dirigem.
KARDEC. O Livro dos Espíritos. Livro II, Cap. IX. A INTERVENÇÃO DOS ESPÍRITOS NO MUNDO CORPÓREO

A qualidade dos nossos pensamentos e ações é que determinará se essa influência espiritual é superior ou inferior. Manter o pensamento elevado nos protege de vivermos a maioria de nossas aflições diárias.

Os nossos desejos mais íntimos são as portas de entrada para estas ações de espíritos inferiores. Tudo parte de nós, de nossos desejos e imperfeições. Então não devemos achar que tudo que nos acontece é culpa de obsessão, já que a origem do problema está em nós.

A lei da atração nos aproxima por sintonia de espíritos afins a nossa vibração, a nossa faixa de pensamento, sejam eles encarnados ou desencarnados. Por exemplo: Quando um amigo lhe oferece algo que você não gostaria de experimentar, mas tem no mínimo curiosidade já que todos os seus amigos experimentaram, há uma verdadeira guerra travada ao redor dos envolvidos na qual nossos olhos não percebem: de um lado nosso Anjo Guardião, nossos protetores e mentores, do outro espíritos doentes que desejam mais uma vez sentir os miasmas de seus vícios terrenos de outrora, também atuam no processo o Anjo da Guardião, protetores e mentores do seu amigo e os espíritos sofredores que o acompanham. Por fim, quem determinará a vitória deste conflito será você, ao utilizar seu livre-arbítrio e dizer sim ou não.

Às vezes para evitar sermos taxados de caretas, sem noção, C.D.F. etc. e por medo de sermos excluídos daquele círculo de amizade dizemos “sim”. Agradamos a estes “amigos” que estão nos fazendo uma proposta ou oferecendo algo ilícito, mas estamos agredindo a nós mesmo. E seremos nós que responderemos pelas conseqüências desta decisão, não eles. Muitas vezes iniciando um processo de viciação por um gesto que pra pessoa partiu de uma simples camaradagem.

Antes de dizermos Sim, devemos conhecer melhor as consequências deste consumo ou destas práticas ilícitas pois muitas consequências provenientes destas não estão visíveis no mundo físico. Por ignorância ou por não buscarmos nos esclarecer, não ouvimos os conselhos de nossos pais que são quem deveriam nos conduzir pela vida, assim acabamos escolhendo a decisão errada achando que um pequeno delito seria um ato de rebeldia sem consequências pro nosso futuro.

Às vezes pensamos que ninguém irá saber, esquecendo que nunca estamos sozinhos, uma plêiade de espíritos estão a nossa volta, mesmo quando estamos no nosso quarto de portas fechadas.

Por isso, pense melhor antes de dizer Sim. O Não sem agredir, sem julgar a pessoa que nos aborda é a melhor posição para você. Na maioria das vezes esta pessoa que nos abordou é quem mais precisa de ajuda e um apoio amigo.

A família deve ser sua fortaleza, procure construir uma relação sólida, com respeito. Conversas entre pais e filhos sem repressões, mas mostrando as conseqüências de nossas escolhas é o melhor caminho para orientar e proteger nossos entes queridos, ainda mais os que dependem dessa orientação mais íntima na imaturidade da vida.

Ensinar nossos filhos a dizer Não é algo importante desde muito pequenos: recusar um doce de um estranho, recusar fazer o que ele não quer, recusar brincadeiras agressivas ou depreciativas é um passo importante para a formação do caráter e personalidade deles. Sempre mostrando que há limites para tudo até nos contatos com qualquer pessoa dos nossos laços de familiares e de amizades, nossa intimidade e individualidade deve ser respeitada desde criança.


Cabe aos pais assumirem o papel de protetor e orientador para seus filhos. Filhos cabem a vocês darem a seus pais o respeito e buscar neles as primeiras orientações para tudo, ver neles a sua sustentação. Esta é uma relação que deve ser construída. A confiança deve ser conquistada desde cedo e o amor deve reinar acima de todos os conceitos impostos pelo mundo. Conhecer a si mesmos e àqueles que os cercam é um passo importante para uma boa convivência.

Colaborador: Robert Ferreira

Você se considera feliz?


O maior desejo do ser humano atualmente é ser feliz. O conceito de felicidade parece ter uma gama de interpretações de acordo com as vivências de cada pessoa.

O que pode ser percebido é que há uma insatisfação nas pessoas com relação ao que realmente necessitam na vida, e atribuem esses anseios à busca pela felicidade. Ter mais dinheiro, ou até ser rico; ter amor ou ser amado; ser simples ou ter uma vida mais tranquila; ter mais saúde ou viver com saúde; trabalhar menos ou ter um emprego; ter filhos melhores ou ter um filho; almoçar em restaurantes luxuosos ou ter o que comer... o que para uns é ter mais do que possuem, para outros é ter o mínimo do que precisa. Ser feliz está muito associado ao que necessitamos e isso pode ser uma ótica inalcançável a depender do quanto trabalhamos para mudar a nossa realidade.

Por que não procurarmos valorizar o que temos? Esta é a pergunta que deveríamos fazer e buscar respostas dentro de nós mesmos.

Se isto é reflexo de uma sociedade consumista, fruto de uma lavagem cerebral realizada no século XIX com a Revolução Industrial, onde o ter era mais importante do que o ser ou simplesmente distorções de valores morais que foram construídos ao longo dos séculos, seja qual for a origem deste pensamento, vale a pena refletirmos sobre isto. Pode ser até que ambas as afirmações sejam verdadeiras, elas estão impregnadas em nosso “DNA”, pois são ideias difundidas tão sutilmente que nem percebemos que estamos propagando-as de geração em geração.

Valorizar o que temos não é nos conformar com nossa realidade, mas apreciar as graças alcançadas sem perdermos nossa esperança em realizar nossas metas e sonhos.

Vindo para o lado dos relacionamentos amorosos, crescemos ouvindo o discurso que seremos realmente felizes a dois e se encontrarmos nossa alma gêmea, assim, atribuindo ao outro a responsabilidade de nos fazer feliz. 

A sociedade machista dos séculos passados difundia o pensamento às meninas casadoras dizendo que elas iriam se preparar com dotes diversos (costurar, bordar, cozinhar, lavar etc) para cuidar de seu marido, filhos, da casa, e ser feliz com isso, ou seja, sua submissão seria suficiente para ela encontrar a felicidade enquanto que aos moços era atribuído o dever de cuidar do lado material da família e assim ter uma família feliz. Mesmo com as mudanças de posturas adquiridas com as lutas de igualdade de gênero, ainda permeia em nossa sociedade essa divisão estipulada por nossos avós, em que mulher é de casa e o coração da família enquanto que o homem é do mundo e mantenedor do lar.

Graças a Deus isso não é mais via de regra e, hoje, ambos, homem e mulher se tornaram capazes de ser auto-suficientes, dividindo a responsabilidade pelo afeto e o material numa família.

A felicidade está dentro de nós e cabe a nós descobrir onde ela está.
Pai João no livro Abraço de Pai João de Wanderley Oliveira, nos alerta que alma gêmea não existe, que não precisamos de ninguém para ser realmente felizes; não existe essa ideia de que almas possam ser divididas e que só seremos felizes se encontramos nossa outra metade e assim nos sentirmos completos. 

Devemos retirar essa visão de falsa plenitude, divisionismo do ser, devemos por outro lado, mostrar aos nossos filhos e a nós mesmos que temos todos os recursos para ser plenos no que somos e fazemos, basta acreditamos na Lei do Progresso e alimentarmos a vontade para atingir nossos objetivos.

Este conceito de alma gêmea acaba nos forçando a idealizar o(a) companheiro(a) ideal, geralmente seguindo a nossa visão egoísta do que seria bom para nós, ou seja, este ser fantasioso deverá ter atributos que massageiem nosso ego ao reafirmar nossos valores e qualidades ou que nos supra quando este possuir qualidades que não temos e até pior, qualidades que não ansiamos ter, novamente retomando uma visão de total conformismo. Dizemos: sou assim e não quero mudar. Errado!

Não existe alguém perfeito, o ser mais perfeito que andou pela terra foi Jesus e este por sua vez foi crucificado. Amar é valorizar as qualidades do outro em detrimento de suas imperfeições e principalmente permitir que o outro pratique o auto-burilamento. 

“Ninguém muda ninguém” a mudança deve partir de uma busca pessoal. É um exercício que deveria ser praticado mutuamente, por todos os envolvidos numa relação.

Refletir sobre nossas imperfeições, realizando a autoavaliação e autocrítica é o primeiro passo para sermos felizes, o segundo é praticarmos a reforma íntima, traçar metas para mudar pensamentos e ações que alimentam estas nossas imperfeições.

895. À parte os defeitos e os vícios sobre os quais ninguém se enganaria, qual é o indício mais característico da imperfeição? -- O interesse pessoal. As qualidades morais são geralmente como a douração de um objeto de cobre, que não resiste à pedra de toque. Um homem pode possuir qualidades reais que o fazem para o mundo um homem de bem; mas essas qualidades, embora representem um progresso, não suportam em geral a certas provas e basta ferir a tecla do interesse pessoal para se descobrir o fundo. O verdadeiro desinteresse é de fato tão raro na Terra que se pode admirá-lo como a um fenômeno, quando ele se apresenta. O apego às coisas materiais é um indício notório de inferioridade, pois quanto mais o homem se apega aos bens deste mundo, menos compreende o seu destino. Pelo desinteresse, ao contrário, ele prova que vê o futuro de um ponto de vista mais elevado.

KARDEC. O Livro dos Espíritos. Livro III, Cap. XII.

 Perfeição Moral

Acreditar que podemos ser melhores é acreditar em nós mesmos, é buscar em nós algo melhor do que já somos, isto é nada mais que se amar, tem a ver com a elevação da autoestima e que por sua vez amplia a nossa luz, a chamada beleza interior que pode não ser vista a olho nu, mas é sentida por todos que nos cercam e que pode ser um bom meio de definir aquelas pessoas que irão fazer parte de nossa vida, seja no campo profissional, de amizades e até sentimental, a lei da sintonia.

Se amar é ser feliz com você mesmo, fazer as coisas que nós gostamos e nos faz bem, seguindo o nosso coração, tomando como guia as leis divinas, o amor ao próximo e a caridade. Caso surja a possibilidade de viver uma relação, acreditar que os envolvidos deverão somar e não dividir a felicidade, despertando um no outro a vontade de evoluir.

Não existe fórmula para a felicidade, existe esta busca interior que nos dá prazer no presente e nos leva a idealizar o futuro. Vençamos a insatisfação sem ação que nos engessa a vontade. Procuremos nos preocupar apenas com o que está a nossa disposição no momento, dando um passo de cada vez, elevando o pensamento aos protetores que nos acompanham e que nos guiam no caminho para o bem viver.

Analise sua vida, olhe-se começando de dentro e depois amplie sua percepção ao que está a sua volta, veja a grandeza do existir, de estar vivo e busque em Deus a força para vencer seus desafios e tomar as melhores decisões. Sejamos mais reflexivos, ouvindo mais, e caso seja necessário, permitir um diálogo, saber ouvir e saber se colocar é importante para o bom andamento das relações interpessoais evitando assim as ações impulsivas.

Acredite em você, nos seus potenciais, busque seu equilíbrio emocional e espiritual, ser feliz é estar em paz consigo mesmo e com a vida, não a paz que muitas vezes dizemos num momento de descontrole (me deixe em paz!), mas a paz do Cristo que aceita sem murmurar suas provas, mantendo a alegria de viver e os ensinamentos da vida.

Sejam felizes.
15 de março de 2016
Robert Ferreira
Espírito Pe. Antonio Vieira



Referências Bibliográficas

KARDEC, Allan. O livro dos espíritos. Trad. de José Herculano Pires. 70.ed. São Paulo: LAKE, 2013.

O Espírito



Comecemos entendendo que há três elementos essenciais no ser humano: O espírito, o perispírito e o corpo físico.

1)     ESPÍRITO

É o princípio inteligente do Universo. É nele que fica armazenado todo conhecimento que adquirimos através das inúmeras encarnações. O Espírito se utiliza da matéria (corpo físico) para expor sua inteligência aos que não tem mediunidade para vê-los, ou seja, a matéria não tem inteligência.

 

2)    PERISPÍRITO  

Liga o Espírito ao corpo físico formando o envoltório fluídico do espírito. Como o Espírito não tem uma forma definida, é o perispírito que lhe dá esta forma. Ele é a roupagem do Espírito. O perispírito é semi-material, formado de substância vaporosa, ou seja, ele não tem tanta matéria como o corpo físico, mas não é desmaterializado como o Espírito. É ele que possibilita a comunicação entre o corpo físico e o Espírito e vice-versa.

 

É importante sabermos que numa comunicação espiritual quem aparece ao médium é o Espírito utilizando o perispírito. Como foi dito anteriormente, o Espírito não tem uma forma definida, ele é como uma chama, um clarão, ou uma centelha etérea. Então, geralmente, ele aparece ao médium com a aparência que tinha na última encarnação, mas ele pode modificar a aparência e aparecer mais jovem, com aparência de outras encarnações, etc. E quem proporciona esta moldagem e modificação é o perispírito. 


O Espírito pode ficar visível e palpável aos encarnados?


Na questão 95 do O Livro dos Espíritos os Espíritos disseram à Allan Kardec que o Espírito pode ficar visível e até palpável aos encarnados na forma, como já dissemos, que lhe convém usando o envoltório semi-material chamado perispírito. Exemplo: Emmanuel não se apresentava com a aparência de sua última encarnação (Manoel da Nóbrega), mas sim com a da encarnação que lhe marcou mais que foi como o senador Públio Lentulus, que viveu na época de Jesus, confirmada no livro "HÁ 2000 MIL ANOS".  

 

3) CORPO (ou matéria).

O corpo físico sem alma seria um corpo de carne sem inteligência.

 

Exemplo: O corpo físico é como uma roupa. Quando a vestimos tem movimento. Quando a tiramos ela fica inerte, não se mexe, não tem movimento. Com o corpo físico é a mesma coisa. O que dá movimento ao corpo físico é o Espírito ou alma juntamente com o fluido vital.

 

Entretanto há determinadas circunstâncias em que o corpo físico existe sem alma.

 Por exemplo: durante o sono ou o coma, a alma sai, mas o corpo físico, apesar de inerte, continua vivo.

O corpo físico e a alma estão separados, mas há um cordão fluídico que os mantém ligados. Mas, quando este cordão se rompe, ou seja, quando a vida orgânica se esgota, a alma não poderá habitar mais este corpo. E um corpo sem alma é uma massa de carne sem inteligência.

 

Podemos concluir que o homem individual e singular, quando encarnado, apresenta uma inteligência que independem de seu corpo físico, a qual chama-se ALMA (ESPÍRITO + PERISPÍRITO + CORPO FÍSICO)

O ser individual e singular, quando desencarnado corresponde ao ESPÍRITO + PERISPÍRITO

Explicando melhor sobre ESPÍRITO E ALMA, podemos dizer que:

Os Espíritos estão em toda a parte; veem e ouvem o que nem sempre conseguimos ver e ouvir.

O homem, enquanto vive fisicamente, é Alma, ou seja, um Espírito encarnado, conservando o que aprendeu em vidas anteriores e armazenando créditos ou débitos morais para as vidas futuras.

 A reencarnação é decorrência da impureza da Alma, pois os Espíritos puros não têm mais necessidade de retorno ao corpo físico. Os Espíritos são criados por Deus, não se conhecendo as suas origens. São seres inteligentes da Criação.  

Qual a diferença de Espírito e alma?

 Ambos são a mesma coisa. Só utilizamos o termo ESPÍRITO quando este está desencarnado e ALMA quando o Espírito está encarnado.


FORMAS DO ESPÍRITO:
O ímã se manifesta pelo magnetismo, que não é visto, mas é sentido e sobre ele ninguém tem dúvida. Poderíamos, pois, a grosso modo, figurar o Espírito como uma energia que, embora invisível aos nossos olhos, faz-se plenamente perceptível pelas suas manifestações, de que não se dúvida.

Quanto à forma, o Espírito (sem o Perispírito, que é o molde fluídico do corpo) pode ser representado, ora como uma flama ou um clarão, ora como uma centelha, variando de cor segundo a sua pureza ou sua elevação.    

TIPOS DE MANIFESTAÇÕES DO ESPÍRITO:  

Os Espíritos se manifestam:

1)     Por EFEITOS FÍSICOS (movimentos, ruídos, sons, transportes de objetos etc.); (Exemplificar)

2)    Por via de COMUNICAÇÕES INTELIGENTES (permuta de pensamentos, sinais ou palavras).  (Exemplificar)

 MODOS DE MANIFESTAÇÕES DO ESPÍRITO: (não ler)

As manifestações ocorrem de diversos modos. As relações dos Espíritos com o mundo visível podem ser:

1)     OCULTAS  

Quando não tem nada de ostensivo  ou evidente e o Espírito se limita a agir sobre o pensamento.
 

2)    PATENTES  

Quando são apreciáveis pelos sentidos, olfato, audição, paladar, etc.
 

3)    ESPONTÂNEAS  

Quando independem da vontade e ocorrem sem que nenhum espírito seja chamado. De improviso.


4)    PROVOCADAS  

Quando são feitas da vontade, do desejo ou de uma evocação determinada, por influência dos médiuns, que se caracterizam por possuírem faculdades especiais para tal manifestação.

 
      5)    FÍSICAS

Quando se traduzem por fenômenos materiais, tais como ruídos, movimentos e deslocamentos de objetos.

 
6)    INTELIGENTES

Quando revelam um pensamento.

 
7)    APARENTES

Quando o espírito se faz visível, a vista (vidência)

Em vida, o ESPÍRITO atua sobre o corpo através do Perispírito; por este, ele manifesta, produzindo aqueles resultados, fazendo os médiuns falarem, escreverem ou desenharem, através de uma corrente fluídica, dirigindo-lhes as mãos ou lhes ativando o pensamento.

Importante destacar que como há Espíritos evoluídos e atrasados, as comunicações podem ser boas ou más. A prece atrai os bons e afasta os maus.

Os Espíritos obedecem a um sistema de hierarquia apresentada em forma de ESCALA EVOLUTIVA.

Na escala evolutiva, os Espíritos se classificam sobre os seguintes aspectos:

·       Em razão do desenvolvimento;

·       Das qualidades ou imperfeições que possuem.

 Essas escalas espirituais são de TRÊS ORDENS:

3.ª Ordem (Imperfeitos) — c/orgulho, egoísmo, ódio; (impuros) — leviano, pseudo-sábios, neutros; (e perturbadores);

2.ª Ordem (bons) — benévolos, sábios, prudentes, superiores;

1.ª Ordem (puros) — sem nenhuma influência da matéria, com superioridade moral e intelectual ante os outros; não sujeitos a reencarnação, por serem perfeitos.    

 Faz-se necessário compreender a importância do Fluido Vital para o Espírito:

 Quando o Espírito encarna, recebe uma carga de fluido vital (fluido da vida), que chamamos de princípio vital, porque é ele que dá princípio a vida. Este fluido é a energia que o Espírito necessitará para sua experiência reencarnatória.

Por exemplo: o Espírito que reencarna para viver em torno de 20 anos não receberá a mesma quantidade de fluido de quem reencarna para viver em torno de 60 anos. A quantidade de fluido recebido não é a mesma em todos os seres orgânicos.

O Espírito pode viver no corpo físico além do tempo marcado?

Sim. A vida bem vivida pela causa do Bem pode dar “moratória”,ou seja, uma sobrevida, uma dilatação do tempo de permanência do Espírito no corpo de carne.

Qual a função do fluido vital no organismo físico?

Os órgãos se impregnam do fluido vital e este tem a função de dar a todas as partes dos organismos uma atividade. Mas, quando os elementos essenciais ao funcionamento dos órgãos estão destruídos, ou muito profundamente alterados, o fluido vital se torna impotente para lhes transmitir o movimento da vida, e o ser morre.

 O fluido vital é para o Espírito encarnado o que a pilha é para um aparelho elétrico que, com o tempo vai descarregando. E assim como há pilha que pode ser recarregada, há corpos que também podem.

Então, o Espírito encarnado poderá adquirir este fluido vital, no decorrer da vida, para sua manutenção quando absorve automaticamente e inconscientemente por várias portas de entrada, destacando-se a respiração, a alimentação e os centros de força vital, os chamados chacras, através, por exemplo, do passe e da prece. Há pessoas que possuem o fluido em quantidade apenas suficiente e outras em abundância. Quem tem mais pode transmitir a quem tem menos.

 

 

Fontes:

O Livro dos Médiuns, Allan Kardec

O Livro dos Espíritos, Allan Kardec

Centro espírita Ismael_SP-Apostila do Curso de Educação Mediúnica-1º ano.


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O Espírito

 

Comecemos entendendo que há três elementos essenciais no ser humano: O espírito, o perispírito e o corpo físico.

1)     ESPÍRITO

É o princípio inteligente do Universo. É nele que fica armazenado todo conhecimento que adquirimos através das inúmeras encarnações. O Espírito se utiliza da matéria (corpo físico) para expor sua inteligência aos que não tem mediunidade para vê-los, ou seja, a matéria não tem inteligência.

 

2)    PERISPÍRITO  

Liga o Espírito ao corpo físico formando o envoltório fluídico do espírito. Como o Espírito não tem uma forma definida, é o perispírito que lhe dá esta forma. Ele é a roupagem do Espírito. O perispírito é semi-material, formado de substância vaporosa, ou seja, ele não tem tanta matéria como o corpo físico, mas não é desmaterializado como o Espírito. É ele que possibilita a comunicação entre o corpo físico e o Espírito e vice-versa.

 

É importante sabermos que numa comunicação espiritual quem aparece ao médium é o Espírito utilizando o perispírito. Como foi dito anteriormente, o Espírito não tem uma forma definida, ele é como uma chama, um clarão, ou uma centelha etérea. Então, geralmente, ele aparece ao médium com a aparência que tinha na última encarnação, mas ele pode modificar a aparência e aparecer mais jovem, com aparência de outras encarnações, etc. E quem proporciona esta moldagem e modificação é o perispírito. 


O Espírito pode ficar visível e palpável aos encarnados?


Na questão 95 do O Livro dos Espíritos os Espíritos disseram à Allan Kardec que o Espírito pode ficar visível e até palpável aos encarnados na forma, como já dissemos, que lhe convém usando o envoltório semi-material chamado perispírito. Exemplo: Emmanuel não se apresentava com a aparência de sua última encarnação (Manoel da Nóbrega), mas sim com a da encarnação que lhe marcou mais que foi como o senador Públio Lentulus, que viveu na época de Jesus, confirmada no livro "HÁ 2000 MIL ANOS".  

 

3) CORPO (ou matéria).

O corpo físico sem alma seria um corpo de carne sem inteligência.

 

Exemplo: O corpo físico é como uma roupa. Quando a vestimos tem movimento. Quando a tiramos ela fica inerte, não se mexe, não tem movimento. Com o corpo físico é a mesma coisa. O que dá movimento ao corpo físico é o Espírito ou alma juntamente com o fluido vital.

 

Entretanto há determinadas circunstâncias em que o corpo físico existe sem alma.

 Por exemplo: durante o sono ou o coma, a alma sai, mas o corpo físico, apesar de inerte, continua vivo.

O corpo físico e a alma estão separados, mas há um cordão fluídico que os mantém ligados. Mas, quando este cordão se rompe, ou seja, quando a vida orgânica se esgota, a alma não poderá habitar mais este corpo. E um corpo sem alma é uma massa de carne sem inteligência.

 

Podemos concluir que o homem individual e singular, quando encarnado, apresenta uma inteligência que independem de seu corpo físico, a qual chama-se ALMA (ESPÍRITO + PERISPÍRITO + CORPO FÍSICO)

O ser individual e singular, quando desencarnado corresponde ao ESPÍRITO + PERISPÍRITO

Explicando melhor sobre ESPÍRITO E ALMA, podemos dizer que:

Os Espíritos estão em toda a parte; veem e ouvem o que nem sempre conseguimos ver e ouvir.

O homem, enquanto vive fisicamente, é Alma, ou seja, um Espírito encarnado, conservando o que aprendeu em vidas anteriores e armazenando créditos ou débitos morais para as vidas futuras.

 A reencarnação é decorrência da impureza da Alma, pois os Espíritos puros não têm mais necessidade de retorno ao corpo físico. Os Espíritos são criados por Deus, não se conhecendo as suas origens. São seres inteligentes da Criação.  

Qual a diferença de Espírito e alma?

 

Ambos são a mesma coisa. Só utilizamos o termo ESPÍRITO quando este está desencarnado e ALMA quando o Espírito está encarnado.

 

FORMAS DO ESPÍRITO:

O ímã se manifesta pelo magnetismo, que não é visto, mas é sentido e sobre ele ninguém tem dúvida. Poderíamos, pois, a grosso modo, figurar o Espírito como uma energia que, embora invisível aos nossos olhos, faz-se plenamente perceptível pelas suas manifestações, de que não se dúvida.

Quanto à forma, o Espírito (sem o Perispírito, que é o molde fluídico do corpo) pode ser representado, ora como uma flama ou um clarão, ora como uma centelha, variando de cor segundo a sua pureza ou sua elevação.    

 

TIPOS DE MANIFESTAÇÕES DO ESPÍRITO:  

Os Espíritos se manifestam:

1)     Por EFEITOS FÍSICOS (movimentos, ruídos, sons, transportes de objetos etc.); (Exemplificar)

2)    Por via de COMUNICAÇÕES INTELIGENTES (permuta de pensamentos, sinais ou palavras).  (Exemplificar)

 

MODOS DE MANIFESTAÇÕES DO ESPÍRITO: (não ler)

As manifestações ocorrem de diversos modos. As relações dos Espíritos com o mundo visível podem ser:

1)     OCULTAS  

Quando não tem nada de ostensivo  ou evidente e o Espírito se limita a agir sobre o pensamento.

 

2)    PATENTES  

Quando são apreciáveis pelos sentidos, olfato, audição, paladar, etc.

 

3)    ESPONTÂNEAS  

Quando independem da vontade e ocorrem sem que nenhum espírito seja chamado. De improviso.

 

4)    PROVOCADAS  

Quando são feitas da vontade, do desejo ou de uma evocação determinada, por influência dos médiuns, que se caracterizam por possuírem faculdades especiais para tal manifestação.

 

5)    FÍSICAS

Quando se traduzem por fenômenos materiais, tais como ruídos, movimentos e deslocamentos de objetos.

 

6)    INTELIGENTES

Quando revelam um pensamento.

 

7)    APARENTES

Quando o espírito se faz visível, a vista (vidência)

Em vida, o ESPÍRITO atua sobre o corpo através do Perispírito; por este, ele manifesta, produzindo aqueles resultados, fazendo os médiuns falarem, escreverem ou desenharem, através de uma corrente fluídica, dirigindo-lhes as mãos ou lhes ativando o pensamento.

Importante destacar que como há Espíritos evoluídos e atrasados, as comunicações podem ser boas ou más. A prece atrai os bons e afasta os maus.

 

Os Espíritos obedecem a um sistema de hierarquia apresentada em forma de ESCALA EVOLUTIVA.

Na escala evolutiva, os Espíritos se classificam sobre os seguintes aspectos:

·       Em razão do desenvolvimento;

·       Das qualidades ou imperfeições que possuem.

 Essas escalas espirituais são de TRÊS ORDENS:

3.ª Ordem (Imperfeitos) — c/orgulho, egoísmo, ódio; (impuros) — leviano, pseudo-sábios, neutros; (e perturbadores);

2.ª Ordem (bons) — benévolos, sábios, prudentes, superiores;

1.ª Ordem (puros) — sem nenhuma influência da matéria, com superioridade moral e intelectual ante os outros; não sujeitos a reencarnação, por serem perfeitos.    

 

 Faz-se necessário compreender a importância do Fluido Vital para o Espírito:

 

Quando o Espírito encarna, recebe uma carga de fluido vital (fluido da vida), que chamamos de princípio vital, porque é ele que dá princípio a vida. Este fluido é a energia que o Espírito necessitará para sua experiência reencarnatória.

 

 Por exemplo: o Espírito que reencarna para viver em torno de 20 anos não receberá a mesma quantidade de fluido de quem reencarna para viver em torno de 60 anos. A quantidade de fluido recebido não é a mesma em todos os seres orgânicos.


O Espírito pode viver no corpo físico além do tempo marcado?


Sim. A vida bem vivida pela causa do Bem pode dar “moratória”,ou seja, uma sobrevida, uma dilatação do tempo de permanência do Espírito no corpo de carne.


Qual a função do fluido vital no organismo físico?

 

Os órgãos se impregnam do fluido vital e este tem a função de dar a todas as partes dos organismos uma atividade. Mas, quando os elementos essenciais ao funcionamento dos órgãos estão destruídos, ou muito profundamente alterados, o fluido vital se torna impotente para lhes transmitir o movimento da vida, e o ser morre.

 

O fluido vital é para o Espírito encarnado o que a pilha é para um aparelho elétrico que, com o tempo vai descarregando. E assim como há pilha que pode ser recarregada, há corpos que também podem.

 

Então, o Espírito encarnado poderá adquirir este fluido vital, no decorrer da vida, para sua manutenção quando absorve automaticamente e inconscientemente por várias portas de entrada, destacando-se a respiração, a alimentação e os centros de força vital, os chamados chacras, através, por exemplo, do passe e da prece. Há pessoas que possuem o fluido em quantidade apenas suficiente e outras em abundância. Quem tem mais pode transmitir a quem tem menos.

 

 

Fontes:

O Livro dos Médiuns, Allan Kardec

O Livro dos Espíritos, Allan Kardec

Centro espírita Ismael_SP-Apostila do Curso de Educação Mediúnica-1º ano.