Doutrinação
A Doutrinação também considerada uma faculdade mediúnicas, para melhor compreendê-la, é preciso considerar os seguintes aspectos:
· Somos
espíritos encarnados enquanto estivermos vivos
· Quando o
corpo físico morre, continuamos a ser ESPÍRITOS, porém, desencarnados.
· Com a morte,
o espírito se separa do corpo físico para viver no mundo espiritual.
· O meio do
qual nos utilizamos para fazer contato com os espíritos desencarnados é a
Mediunidade. Allan Kardec
explica que a prática da mediunidade é o intercâmbio entre o mundo físico e
o mundo espiritual.
· Segundo
ainda Kardec, em O Livro dos Médiuns, todo aquele que sente, num grau qualquer,
a influência dos espíritos é, por esse fato, médium. Essa faculdade é inerente
ao homem.
Sabemos que existem diversos tipos de faculdades mediúnicas e
que a faculdade mediúnica é um dom inerente a todos os seres humanos, tanto
quanto a faculdade de respirar o é. Durante o exercício de qualquer faculdade mediúnica ocorre uma interação psico-fisiológica, entre o médium e o espírito comunicante. E como disse Kardec em O Livro dos Médiuns, todo aquele que sente, num grau qualquer, a influência dos espíritos é, por esse fato, médium. Essa faculdade é inerente ao homem.
Segundo Lívia Pereira Santos em seu livro A Arte de Doutrinar, a
DOUTRINAÇÃO é o meio mais eficaz de atender espíritos encarnados e
desencarnados, para uma melhor assistência, orientação e instrução espiritual.
Aquele que se propõe a ser um DOUTRINADOR deve observar alguns aspectos
importantes:
·
Observar o emocional dos espíritos
· Deixar o espírito falar
· Concentração e atenção no trabalho da doutrinação
· Conhecimento espírita.
Quando o DOUTRINADOR está em ação,
está lidando com o PSIQUISMO DO DESENCARNADO ou ENCARNADO, o que exige
conhecimento para orientá-lo e assisti-lo de maneira correta.
Há alguns aspectos que utilizamos durante o trabalho de doutrinação que
trazemos na intimidade de nosso ser:
·
Amor aos serviços
·
Sentimento de piedade cristã
·
Abordar o espírito com sinceridade
·
Ter paciência de ouvi-lo e assisti-lo.
·
Sensibilidade apurada para perceber o que fica nas entrelinhas
da comunicação e as observações que fazem sobre o espírito encarnado ou
desencarnado.
Esses aspectos correspondem aos traços de personalidade que o doutrinador
necessita ter para o trabalho.Os espíritos atendidos veem com uma gama de NECESSIDADES e CARÊNCIAS para serem atendidos, daí a necessidade do AMOR PELO TRABALHO QUE EXERCE.
Mas é claro que os doutrinadores não agem sozinhos, pura e simplesmente
pelo que têm em seu íntimo ou pelo que estudam. Os doutrinadores trabalham
iluminados pela sabedoria dos espíritos superiores, quando estes se aproximam
pela condição moral, espiritual e emocional que o doutrinador possui.
Para isso são necessários nas palavras do doutrinador, em suas atitudes e
na sua própria vida, o desenvolvimento da:
·
LUCIDEZ
·
COERÊNCIA
·
EQUILÍBRIO
Essas virtudes aliadas ao estudo da Codificação Kardequiana e livros
complementares possibilitam um maior entendimento sobre as atuações dos
Espíritos na vida das pessoas. Por esta razão a doutrinação, quando bem
formada, bem transmitida, é um mecanismo importantíssimo de cura de toda uma
equipe.
É importante que entendamos a INFLUÊNCIA DOS ESPÍRITOS EM NOSSAS VIDAS
sobre os seguintes aspectos:
·
Os espíritos vêm tudo o que fazemos, a depender de
seu interesse por nós;
·
Podem conhecer nossos pensamentos pela nossa
sintonia e vibração;
·
Conseguem influenciar os nossos pensamentos e ações;
E como discernir sobre os nossos pensamentos e dos espíritos?
Precisamos atentar para uma voz que nos fala , todavia os pensamentos
próprios são os que nos ocorrem no primeiro momento. Quando as ideias são
sugeridas pelos espíritos se faz necessário examiná-la com critério.
O doutrinador deverá agir com: SENSIBILIDADE e SENTIMENTO DE PIEDADE, para trazer essa
alma para a realidade, ajudando-o no sentido de minimizar todo AUTO-DESPREZO, e
fazendo-o refletir sobre as possibilidade de se autoeducar.
Então vem a pergunta: Por que doutrinar?Doutrinar para:
·
Assistir o necessitado;
·
Orientar sobre o caminho correto;
·
Consolar em suas dores;
·
Esclarecer as suas dúvidas e os seus erros;
·
Instruir quanto ao caminho do bem do amor e da
justiça.
O doutrinador necessita da
SENSIBILIDADE para perceber o momento do espírito quanto ao seu estado. Esse
estado que identifica o nível de consciência do espírito se verifica através da
identificação dos sentimentos que o mesmo apresenta na hora da doutrinação, e
que geralmente são: ódio, ciúme, vingança, orgulho e egoísmo.
O bom doutrinador deve:
·
Se preparar através da prece e nessa conexão com os
espíritos superiores vai desfazendo essas energias deletérias que os espíritos
inferiores, emitidas pelos espíritos inferiores;
·
Conversar de forma natural, porém com austeridade e
autoridade moral, transformando aquilo que se fala em psicologia da
compreensão.
·
Doutrinar pela linguagem do entendimento
·
Observar o emocional do espírito
·
Usar da lucidez e bom-senso para minimizar as
tensões emocionais que o espírito traz;
O que deve observar o doutrinador no ato de doutrinar?
·
Entendimento
·
Carências
·
Necessidades
·
Omissões
·
Esquecimentos
A doutrinação é um ato de
amor no qual a entidade deve ser envolvida numa energia de amor e paz, cercada
da equipe espiritual que transmutará as energias deletérias conduzindo a mente
confusa e desequilibrada para um estado de torpor e sonolência, pois assim o
espírito irá ser conduzido aos hospitais espirituais onde será assistido.
Um aspecto fundamental na
doutrinação é que o médium doutrinador, que trabalha o pensamento, sabe que seu
campo mental é força de atração para entidades superiores e inferiores.
Compreende o tamanho da importância de seu pensamento, de suas palavras e de sua transformação moral e espiritual, não
devendo se descuidar da oração e da vigilância.
Fonte:
Livro: A Arte de Doutrinar, de Lívia Pereira Santos
Livro: O Livro dos Médiuns , Allan Kardec.
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