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Esse blog tem por objetivo a difusão primeira do ESPIRITISMO, fundamentada nos princípios básicos da Doutrina Espírita codificada por Allan Kardec.

28/05/2017

4ª Aula Parte A - PERISPÍRITO, PROPRIEDADES E MEDIUNIDADE

O perispírito como princípio das manifestações 
 O homem é constituído por Espírito ou alma, perispírito e corpo físico. 
 O Espírito é o ser inteligente e sensível, o perispírito o intermediário entre o Espírito e o corpo físico. 

Perispírito (do grego peri, em torno, e do latim spiritus, alma, espírito) é o envoltório fluídico e perene do Espírito, que possibilita sua interação com os meios espiritual e físico. Seus elementos constituintes provém dos fluidos do meio onde o Espírito se encontra, fluidos esses que o formam e o alimentam, do mesmo modo que o ar forma e alimenta o corpo material do ser humano. O perispírito é mais ou menos etéreo, conforme os mundos e purificação do Espírito. É Parte integrante desse, como o corpo é Parte integrante do homem. E o órgão de transmissão de todas as sensações. 

Praticamente todas as civilizações humanas do passado falaram no perispírito. Os egípcios conheciam-no como o “kha”. Na Índia, fala-se em “Língua-Sharira”, enquanto que no esoterismo judeu é o “Nephesh”. Paracelso o chamou de “corpo astral” ou “Evestrum” e Paulo de Tarso o denominou como “Corpo Espiritual” ou “Corpo Incorruptível”. 

Kardec nos ensina que o perispírito, por meio de sua expansão do meio, une-se ao ser humano desde o momento da fecundação do óvulo pelo espermatozoide, unindo-se molécula a molécula. Essa união permanece por toda a vida física do indivíduo e só por ocasião da morte do corpo físico é que ocorre a desunião do perispírito, quando ele retoma ao mundo espiritual, que é seu local de origem. 

Propriedades e qualidades Plasticidade, densidade, ponderabilidade, luminosidade, penetrabilidade, visibilidade, tangibilidade, sensibilidade global, sensibilidade magnética, expansibilidade, bicorporeidade, unicidade, perenidade, capacidade refletora, odor, temperatura. 

Plasticidade - O perispírito sendo o espelho da alma e eterno extensão da mente, molda-se de acordo com seu comando plasticizante, pois é formado tanto por fluídos eterizados como por fluídos materiais. Tem um extremo poder plástico, adaptando-se as ordens mentais da alma. Assume as formas que o Espírito desejar. 

Densidade - O perispírito não deixando de ser matéria, ainda que quintessenciada, apresenta em si uma densidade que se relaciona com o grau de evolução da alma. 

Ponderabilidade - Sob os aspectos físicos, a matéria sutil ou o corpo espiritual em si não apresentaria um peso possível de ser detectado por meio de qualquer instrumentação até agora conhecida. Na união espiritual, cada organização perispirítica tem seu peso específico, que varia de acordo com sua densidade, pelo estado de moralidade do Espírito. 

Luminosidade - Também desponta como característica particular de cada Espírito e seus condicionamentos morais evolutivos. A intensidade da luz esta na razão da pureza do Espírito. 
Penetrabilidade - A natureza etérea do perispírito permite ao Espírito, caso apresente as necessárias condições mentais, atravessar qualquer barreira física, pois matéria alguma lhe opõe obstáculo. E ele atravessa todos, assim como a luz atravessa os corpos transparentes. 

Visibilidade - Aos olhos físicos o perispírito é totalmente invisível, todavia não o é para os Espíritos. No caso dos menos evoluídos, esses só percebem os seus pares, captando-lhes o aspecto geral. 
Tangibilidade - Sendo o perispírito também matéria, poderá como devido apoio ectoplásmico, tomar-se materialmente tangível, no todo ou em parte. 

Sensibilidade Global - A sensibilidade do perispírito é global. Tendo a capacidade de penetrar o meio externo, isso pode acontecer em qualquer ponto do organismo. 

Sensibilidade Magnética - O perispírito é particularmente sensível a ação magnética, pois sustenta uma estrutura semimaterial. 

Expansibilidade - O perispírito pode, conforme suas condições, expandir-se, aumentando, inclusive, o campo de percepção sensorial. 

Bicorporeidade - Este termo, criado por Kardec, é um dos fenômenos de desdobramento, embora seja uma forma mais adiantada da expansibilidade. Define-se como notável faculdade do perispírito, que possibilita, em condições especiais, o seu desdobramento, dando a impressão de “fazer-se em dois”, no mesmo lugar ou em lugares diferentes. 

Unicidade -A estrutura perispirítica, como reflexo da alma, é única. 

Capacidade Refletora - O corpo espiritual, extensão da alma que é, reflete continua e instantaneamente os estados mentais. 

Temperatura - Durante certas atividades mediúnicas, alguns médiuns registram, por exemplo, uma espécie de gélido torpor, com a aproximação de determinadas categorias de Espíritos ou, ao contrário, uma cálida sensação de bem-estar, quando da aproximação de um Espírito Superior. 

“O desenvolvimento da faculdade mediúnica depende da natureza mais ou menos expansível do perispírito do médium e da sua maior ou menor assimilação pelo perispírito dos Espíritos”. (Obras Póstumas Manifestações dos Espíritos). 

O perispírito é o princípio de todas as manifestações o seu conhecimento foi à chave da explicação de uma imensidade de fenômenos. 

Para que aconteça o fenômeno mediúnico, é preciso que o perispírito se expanda e se exteriorize para além do corpo físico. 

Kardec ressaltou a importância do perispírito para o estudo, a analise, e tratamento de vários fenômenos da alma, englobando a vista dupla, visão a distancia, sonambulismo natural e artificial, catalepsia, letargia, presciência, pressentimentos, transfigurações, transmissão de pensamento, etc. (A Gênese, capítulo I, item 40). 

O ato mediúnico é o momento em que o Espírito aproxima-se do médium e o envolve nas suas Vibrações espirituais. Essas vibrações irradiam-se do seu corpo espiritual atingindo o corpo espiritual do médium. A esse toque vibratório, semelhante ao de um brando choque elétrico, reage o perispírito do médium. Realiza-se a fusão fluídica. Ali estão fundidos e distintos. O que se da não é uma incorporação, mas uma interpenetração psíquica, como a da luz atravessando uma vidraça. (José Herculano Pires - “Mediunidade”) 

Bibliografia: KARDEC, Allan. Obras Póstumas: Capitulo Manifestações dos Espíritos KARDEC, Allan. Livro dos Médiuns primeira Parte capitulo I, segunda Parte capitulo IV, VI KARDEC, Allan. A Gênese: Capitulo I, item 40 PIRES, J. Herculano. Mediunidade: Capitulo V 

Parte B - O LABOR DAS ALMAS 

“Eu estou entre vós como quem serve” Jesus (Lucas, 22:27) “Jesus caminhou na Terra a feição do servidor. Fundador da Boa Nova, não se limitou a tecer-lhe a coroa com palavras estudadas, mas estende-a e consolida lhe os valores com as próprias mãos.” (Emmanuel - Segue-me!...) 

Dentro da suas atividades, nos tempos modernos, os espíritas sinceros não podem desconhecer o sentido revolucionário da tarefa que lhes cabe. Não se atingira a finalidade dos ideais elevados e luminosos que alimentam a doutrina, sem a formação da base espiritual, mantenedora da estabilidade das grandes realizações. Encontram-se apressados os que buscam apenas o dinheiro, os títulos convencionais, as situações de destaque, os desejos satisfeitos, sob o ponto de vista planetário. 

Os homens, identificados no mesmo ideal mundano, abraçam-se, na comunhão do interesse, nesses encontros fortuitos. Os demais saúdam-se ligeiramente, em atitudes suspeitosas, temendo a alheia intromissão nos seus inferiores desígnios, pois, quase todas as criaturas marcham ansiosas, na valorização da oportunidade falsa, e chegam esgotadas ao término da luta, esbarrando na realidade da morte, desprevenidas e infelizes. 

O Espírito Emmanuel, quando se refere ao labor das almas, passamos o valoroso ensinamento: “Descerradas às pesadas cortinas materiais que ai na Terra nos cobriu os olhos do Espírito, experimentamos, aliado as emoções de êxtase diante da imensidade, o desejo de comunicar a verdade a todas as criaturas. Obstáculos inúmeros se nos antolham avultando o da falta de estabelecimento direto entre o plano e espiritual. (...) Todavia, o porvir humano nos faz entrever essa ligação mais intima dos Espíritos, pertençam ou não ao orbe carnal”. 

No livro “Estude e Viva”, lição 6, os Espíritos Emmanuel e André Luiz, nos passam valiosos ensinamentos que nos levam a refletir, pois nos dão o grande alerta quando dizem que, ninguém vive deserdado da participação nas boas obras, de vez que todos retêm sobras de valores específicos da existência. Não somente disponibilidades de recursos materiais, mas também de tempo, conhecimento, amizade, influência. Todos nós, Espíritos em evolução no educandário do mundo, assemelhamo-nos a viajores demandando eminências que conduzem a definitiva sublimação. 

Emmanuel em “Vinha de Luz”, falando sobre o ensinamento de Paulo: “E sobre tudo isto, revesti-vos de caridade, que é o vínculo da perfeição” (Colossenses, 3:14) diz o seguinte: “Todo discípulo do Evangelho precisará coragem para atacar os serviços da redenção de si mesmo. Nenhum dispensara as armaduras da fé, a fim de marchar com desassombro sob tempestades. O caminho de resgate e elevação permanece cheio de espinhos. (...) A nobreza de caráter, a confiança, a benevolência, a fé, a ciência, a penetração, os dons e as possibilidades 

O Mestre Jesus nos chamou a fim de compreendermos e auxiliarmos, construirmos e reconstruirmos para o bem de todos, e, portanto, devemos aceitar os ensinamentos de Paulo (I Coríntios, 3:16): “Eu plantei, Apolo regou, mas o crescimento veio de Deus”. 

Bibliografia: Xavier, Francisco Cândido (Emmanuel). Emmanuel: Cap. VII Xavier, Francisco Cândido (Emmanuel).Segue-me! Lição - O Grande Servidor Xavier, Francisco Cândido/Vieira Waldo. Estude e Viva: Cap. 6 Xavier, Francisco Cândido (Espíritos Diversos). Coletânea do Além: Lições, Revolução Espiritual e A Oportunidade. Xavier, Francisco Cândido (Emmanuel). Vinha de Luz: Cap. 5 

Questões para reflexão:

1) De exemplo de algumas propriedades do perispírito. 
2) Explique o envolvimento do perispírito no fenômeno mediúnico. 
3) Analise a profundidade do ensinamento de Jesus quando disse: “Eu estou entre vós como quem serve”.
4) Comente o ensinamento de Emmanuel: “todo discípulo do Evangelho precisara coragem para atacar os serviços da redenção de si mesmo”.  

Parte C - DPM - MÉTODO DAS CINCO FASES – 1ª FASE: PERCEPÇÃO DE FLUIDOS 

Nessa aula, estaremos repetindo o exercício anterior, pois necessitamos de várias experiências para compreendermos melhor a nossa mediunidade; para aperfeiçoarmos a nossa sensibilidade. 

O progresso dessa percepção está no aumento da capacidade de sentir esses fluidos, notando os pontos de ação em seu próprio organismo, observando a sua categoria vibratória: quente ou frio, leve ou pesado, denso ou sutil, excitante ou calmante, claro ou escuro etc. 

Não devemos nos preocupar se não estivermos sentindo a projeção dos fluidos. Existem vários motivos possíveis para esta falta de sensibilidade, dentre eles: - O aluno não possui mediunidade a ser desenvolvida; - Efeito dos vícios tais como fumo, álcool, gula, etc. - Bloqueios causados pelo medo, ansiedade, insegurança entre outros. - Auto cobrança. - Não ter confiança nem certeza no que esta sentindo. 

Para que o médium com algum bloqueio possa perceber os fluidos, é necessário refletir, observar a causa e eliminá-la. Podendo ser auxiliado pelo Dirigente da Prática. 

# O bom desempenho da nossa mediunidade depende da reforma íntima # 

FONTE: FEESP - Federação Espirita do Estado de São Paulo

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