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Esse blog tem por objetivo a difusão primeira do ESPIRITISMO, fundamentada nos princípios básicos da Doutrina Espírita codificada por Allan Kardec.

28/05/2017

11a Aula Parte A - ANIMISMO E MISTIFICAÇÃO

Animismo: sistema fisiológico que considera a alma como causa primaria de todos os fatos intelectuais e vitais (do latim: anima = alma +ismo + doutrina). 

George Ernst Sthal (1660-1734) médico e químico alemão refutou o estudo, em medicina, da anatomia, da filosofia e da química, por entender que a cura de um doente estava baseada na alma. Assim , estabeleceu o sistema que se tornou célebre pelo nome de animismo. 

O Espiritismo, desde o inicio, expõe o fenômeno anímico como à manifestação da alma do médium, portanto, em conceituação diferente daquela fixada por Stahl. A alma do médium pode manifestar-se como qualquer outro Espírito, desde que goze de certo grau de liberdade, pois recobra os seus atributos de Espírito e fala como tal e não como encarnado. 

Devemos lembrar que, o perispírito é o órgão sensitivo do Espírito, por meio do qual este percebe coisas espirituais que escapam aos sentidos corpóreos. Pelos órgãos do corpo, a visão, a audição e as diversas sensações são localizadas e limitadas as percepção das coisas materiais, pelo sentido espiritual , ou psíquico, elas se generalizam: o Espírito vê, ouve e sente, por todo o seu ser, tudo o que se encontra na esfera de irradiação do seu fluido perispirítico. (GE. Cap. XIV item 22) 

Kardec conta-nos um fato anímico: Um senhor, habitante da província, nunca quis casar-se, malgrado as instancias de sua família. Um dia, estando em seu quarto, ficou admiradíssimo de se ver em presença de uma jovem, vestida de branco, e a cabeça ornada com uma coroa de flores. Surpreso com essa aparição, e estando seguro de que estava acordado, informou-se se alguém tinha vindo nesse dia; mas lhe disseram que pessoa alguma fora vista. Um ano depois cedendo às novas solicitações de uma parenta, decidiu ir ver a jovem que lhes propunham. Chegou no dia de Corpus Christi, e, quando voltava da procissão, uma das primeiras pessoas que vê (entrando na casa e uma jovem que reconhece como sendo a que lhe tinha aparecido; estava vestida do mesmo modo. Ele ficou desorientado e, de sua parte, a jovem soltou um grito de surpresa e sentiu-se mal. Voltando a si, disse: eu já tinha visto esse senhor em igual dia do ano precedente. Isso foi em 1835. (LM, Cap. VII, item 117). 

Ernesto Bozano em seu livro - “Animismo ou Espiritismo‘?” Cap. III esclarece que, as comunicações mediúnicas entre vivos (fenômenos anímicos) provam a realidade das comunicações mediúnicas com os desencarnados (fenômenos espíritas). 

Os Espíritos Erasto e Timóteo, explicam: “O médium, no momento em que exerce sua faculdade, o seu estado não difere sensivelmente do estado normal, sobretudo nos médiuns escreventes. Acrescenta que, a alma do médium pode se comunicar como a de qualquer outro” (LM. Cap. XIX, item 223). Cada médium revestirá o pensamento recebido com suas próprias palavras, e Kardec ressalta que “a expressão desse pensamento pode e deve mesmo mais frequentemente, ressentir-se da imperfeição desses meios” (LM, Cap. XIX, item 224). 

“Como um médium cuja inteligência atual ou anterior esteja desenvolvida, nosso pensamento se comunica instantaneamente, de Espírito a Espírito, graças a uma faculdade peculiar a essência mesma do Espírito. Nesse caso encontramos no cérebro do médium os elementos apropriados a roupagem das palavras correspondentes a esse pensamento.... É por isso que apesar de diversos Espíritos se comunicarem através do médium , os ditados por ele recebidos trazem sempre o cunho pessoal do médium, quanto à forma e estilo. Porque embora o pensamento não seja absolutamente dele, o assunto não se enquadre em suas preocupações habituais, o que desejamos dizer não provenha dele de maneira alguma, ele não deixa de exercer sua influência na forma, dando-lhe as qualidades e propriedades características de sua individualidade” (LM , cap. XIX item 225) 

Para que se possa distinguir se e o Espírito do médium ou outro Espírito que se comunica, e necessário observar a natureza das comunicações, através das circunstâncias e da linguagem. Quanto à diferenciação entre o pensamento do médium e do Espírito comunicante no médium intuitivo, Kardec diz que: “A distinção, de fato, e às vezes bastante difícil de fazer. Pode-se, entretanto, conhecer o pensamento sugerido pela razão de não ser jamais preconcebido, surgindo na proporção em que escreve ...” 

André Luiz conceitua animismo como o “conjunto dos fenômenos psíquicos produzidos com a cooperação consciente ou inconsciente dos médiuns em ação” (“Mecanismos da Mediunidade”, Cap.23). Em outro livro , o mesmo autor conceitua o fenômeno anímico como uma forma de desdobramento da alma, que se vê possuída. Há uma espécie de manifestação anímica descrita por André Luiz mostrando que, muitas vezes, o que se assemelha a um transe mediúnico, nada mais e do que o médium desajustado, revivendo cenas e acontecimentos no seu mundo subconsciente, fenômenos esse motivado pelo contato magnético, pela aproximação de entidades que partilharam as remotas experiências. (“Nos Domínios da Mediunidade”, Cap. 22) 

Nessa hora, o médium se comporta e se expressa como se ali estivesse realmente um Espírito a se comunicar. Nessas condições, diz André Luiz, “a idéia de mistificação talvez nos impelisse a desrespeitosa atitude, diante do seu padecimento moral. Por isso, nessas condições, é preciso armar o coração de amor, a fim de que possamos auxiliar e compreender. Um doutrinador sem tato fraterno apenas lhe agravaria o problema, porque, a pretexto de servir à verdade, talvez lhe impusesse corretivo inoportuno ao invés de socorro providencial. Primeiro, é preciso remover o mal, para depois fortificar a vitima na sua própria defesa.” (“Nos Domínios da Mediunidade”, Cap. 22) 

Mistificar: enganar, burlar, trapacear, tapear, iludir. O primeiro sentido foi o de iniciar alguém nos mistérios de um culto, tomá-lo iniciado. Deriva do grego “mysthés”, donde procede “mysthérion“ mistério. As mistificações são o escolho mais desagradável da prática mediúnica, mas, para evitá-la, há “um meio muito simples , que é o de não pedir ao Espiritismo nada mais do que ele não pode e deve dar-vos: seu objetivo é o aperfeiçoamento moral da humanidade. Desde que não vos afasteis disto, jamais sereis mistificados, pois não há duas maneiras de se compreender a verdadeira moral, mas somente aquela que todo homem de bom senso pode admitir .... Se nada pedem, aceitam o que dizem, o que da na mesma. Se recebessem com reserva e desconfiança tudo o que se afasta do objetivo essencial do Espiritismo, os Espíritos levianos não os enganariam tão facilmente“. (LM, 2ª parte, Cap. XXVII, item 303). Do que se conclui que só é mistificado aquele que merece. 

Perguntou-se ao Espírito Emmanuel se a mistificação não demonstra desamparo dos mentores da esfera espiritual. Ele respondeu “A mistificação experimentada por um médium traz, sempre, uma finalidade útil, que é a de afastá-lo do amor próprio, da preguiça no estudo de suas necessidades próprias, da vaidade pessoal ou dos excessos de confiança em si mesmo. Os fatos de mistificações não ocorrem à revelia de seus mentores mais elevados, que somente assim, o conduzem a vigilância precisa e as realizações da humildade e a prudência no seu mundo subjetivo” (“O Consolador”, perg. 401). 

O charlatão mais hábil geralmente é aquele seguido por maior contingente de pessoas. Assim, é conveniente lembrar que, no intercâmbio com o mundo invisível, os novos discípulos devem precaver-se contra os perigos representados por criaturas desse gênero. O orgulho e a ostentação é o que impulsionam essas pessoas a agirem assim. A técnica de o homem se apresentar como o melhor, o mais bem aquinhoado, de salientar-se a frente dos outros, de ter a presunção de converter consciências alheias, são atributos divorciados da verdade. 

Abusa-se de tudo, mesmo das coisas mais sagradas; por que não se abusa na da Doutrina espírita? Mas o mau uso que se faz de uma ideia não pode prejudicar a própria ideia. 

Onde não há especulação, o charlatanismo nada tem a fazer. 

O objetivo da Doutrina Espírita é a Reforma Intima do ser humano, tendo como foco principal a revisão de Valores onde o senso de justiça se faz, urgentemente, necessário. Devemos ter como parâmetro o exemplo de Jesus. 

Bibliografia: 
FEESP - CURSO DE EDUCAÇÃO MEDIÚNICA – 1º. ANO 
KARDEC, Allan. A Gênese: Cap. XIV item 22 KARDEC, Allan. Livro dos Médiuns: cap. VII, item 117; cap. XIX, item 224 e225 – 2a Parte - Cap. XXVIII, item 303 XAVIER, Francisco Cândido (Espírito André Luiz). Mecanismo da Mediunidade: Cap. 23 XAVIER, Francisco Cândido, VIEIRA, Waldo (Espírito André Luiz). Nos Domínios da Mediunidade: Cap. 22 XAVIER, Francisco Cândido (Emmanuel). O Consolador: perg. 401  

Parte B - PARÁBOLA DA OVELHA PERDIDA 

Registra o Evangelho de Lucas (Cap. 15:3 a 7) que, o objetivo de Jesus foi colocar em evidência que a revelação das grandes verdades, provindas de Deus, não guarda relação com as posições de maior ou menor destaque exercidas pelos homens. 

Os ensinamentos religiosos pertinentes ao povo hebreu estavam guardados nos templos, e apenas os escribas podiam dar-lhes a interpretação que melhor conviesse aos interesses da religião predominante, entretanto, Jesus utilizou, muitas vezes, das parábolas para falar ao povo e aos discípulos. 

Numa certa época quando ensinava o Mestre aproveitando-se da presença dos fariseus e escribas que viviam a persegui-lo e, também, de um recurso cultural porque era sabedor que o povo hebreu tinha um grande apreço aos animais, contou a Parábola da Ovelha Perdida afim de tocar a sensibilidade e levar a esperança ao ser humano, possibilitando o conhecimento de um Deus que abre seus braços a seus filhos, norteando um rumo para humanidade em direção as coisas do Espírito.

Da mesma forma que o Mestre, em Espírito, surgiu na estrada de Damasco aos olhos atônitos de Paulo de Tarso, sugerindo-lhe o abandono do ódio e do fanatismo ; o Cristo não deixou de exemplificar a tolerância ao seu perseguidor , como contou na Parábola da Ovelha Perdida que as noventa e nove ovelhas, ou seus discípulos, estavam guardados em seu manto de luz, o Bom Pastor foi buscar a ovelha que estava perdida. Percebemos, assim, que os arautos do Céu continuam a produzir aos olhos dos homens novas estradas de Damasco, com vistas a orientá-los no roteiro certo que conduz a criatura ao Criador. 

A Doutrina Espírita propõe uma revisão de Valores, lembrando que o corpo serve, apenas, de morada para o Espírito, para o desempenho de aprendizado na Terra. Oferece, no entanto, resistências ponderáveis as inspirações transmitidas pelos mentores espirituais. Entretanto, os mensageiros do bem jamais deixam de nos inspirar bons pensamentos e de nos alertar no tocante aos nossos desvios, os quais poderão representar tenebrosos sofrimentos nesta e na outra existência. 

No laborioso processo de reforma intima da humanidade, existe uma dependência lógica e preponderante entre Jesus e nos, decorrência a revelação que o Mestre preceituou ser o caminho, a verdade e a vida, deixou bem claro que é por meio dele, dos ensinos dele emanados e contidos no Evangelho que se processara o nosso aprendizado, o qual nos dará condições de sermos considerados, de fato, herdeiros do Reino de Deus. 

A Parábola da Ovelha Perdida é, pois um atestado eloquente do amor de Deus pelas suas criaturas. Demonstra que o Pai, generoso e bom, jamais condena seus filhos, proporcionando a todos a oportunidade de encontrarem em si Valores superiores. 

Observamos que para haver alegria no Reino do nosso Pai por um filho que se regenera, é imperioso que a sua reforma interior seja consciente , devendo a criatura tomar por lema a advertência de Jesus Cristo: “Quem tomar do arado não deve mais olhar para trás”. 

Bibliografia: Bíblia de Jerusalém: Novo Testamento, Evangelho de Lucas, Cap. 15:3 a 7 GODOI Paulo Alves de. Crônicas Evangélicas PUGLIA, Silvia C. S. C. – CDM 


Questões para Reflexão 
1) Descreva o que você entendeu por animismo. 
2) No dizer de Emmanuel a mistificação tem uma finalidade útil; Comente esta afirmação. 
3) Correlacione a parábola da ovelha perdida com aqueles que se*perdem pelos caminhos da própria evolução. 
4) Analise a advertência de Jesus: “Quem tomar do arado não deve mais olhar para trás.  

Parte C - DPM - 4ª fase - ENVOLVIMENTO Retomamos, nesta aula, a fase do envolvimento. 

Esse momento é de bem estar, pois estamos sendo abraçados pelo Benfeitor, que se fará perceptível através de sua energia amorosa, nos passando coragem e perseverança. 

O aluno acompanha o exercício, atento às sensações que tiver, pois elas podem variar a cada vez que o repetimos de acordo com as pessoas que participam do objetivo do trabalho e até mesmo do nosso próprio estado físico e emocional. Desta forma adquirimos a experiência necessária para cumprirmos de maneira adequada a nossa tarefa mediúnica. 

É comum o aluno sentir o desejo de passar mensagens já nesta fase, seja através da psicofonia ou psicografia; porém é necessário ter disciplina e aguardar até que seja o momento adequado para continuar. É necessário que o aluno esteja focado no tema da aula e acompanhe as orientações do dirigente da prática. 

# Disciplina é a mola propulsora da realização de qualquer tarefa #

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