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28/05/2017

10a Aula Parte A - MEDIUNIDADE: FACULDADE HUMANA - PERCEPÇÃO DOS ANIMAIS

Mediunidade: Faculdade Humana Mediunidade é termo criado por Allan Kardec, para designar uma faculdade que todos os seres humanos possuem e que lhes possibilita comunicar-se com os Espíritos.

 Sendo inerente ao homem, há registros históricos sobre a Mediunidade em todos os tempos e em todos os povos, apenas sob outras denominações se interpretações. Foi por meio dela que os Espíritos diretores puderam auxiliar na evolução espiritual do homem orientando-o, assistindo-o, em todas as fases da sua peregrinação no planeta terra. Vindo conviver com os homens ou dando-lhes, pela mediunidade as inspirações e os ensinamentos necessários; foram sempre eles, esses mentores devotados e solícitos, elementos decisivos dessa evolução. Através do tempo essa faculdade quase não se modificou, desde milênios; manteve os mesmos aspectos, variando os fenômenos e as manifestações conforme a necessidade espiritual evolutiva do homem. (Mediunidade -Edgard Armond). 

Todos os homens têm o seu grau de mediunidade, nas mais variadas posições evolutivas, e esse atributo do Espírito representa ainda, a alvorada de novas percepções para o homem do futuro, quando, pelo avanço da mentalidade do mundo, as criaturas humanas verão alargar se a janela acanhada dos seus cinco sentidos. 

No L.M. Cap. XIV - 159 os Espíritos afirmam que toda pessoa que sente, em um grau qualquer, a influência dos Espíritos, por isso mesmo é médium. Não é privilégio exclusivo; também são poucos nos quais não se encontrem alguns rudimentos dela. Pode-se, pois, dizer que todo mundo e, mais ou menos, médium. 

No Cap. XIX - 223, 224 e 225, acrescenta: para uma comunicação inteligente há necessidade de um intermediário inteligente, e esse intermediário é o médium, pois, os Espíritos não possuem a linguagem articulada, encontram no cérebro do médium os elementos próprios para darem ao seu pensamento a vestimenta da palavra correspondente, embora seja o médium intuitivo, semi-mecânico ou mecânico puro. 

Quando os Espíritos encontram num médium o cérebro enriquecido de conhecimentos adquiridos em sua vida atual, e seu Espírito rico de conhecimentos anteriores latentes, a comunicação e facilitada e há preferência, o que não ocorre com um médium de inteligência limitada e conhecimentos anteriores insuficientes. 

Camille Flammarion na sua obra “O desconhecido e os Problemas Psíquicos”, Cap. I, explana com sabedoria sobre as faculdades humanas que são fatos inexplicados, que pertencem ao domínio do desconhecido. São desta categoria os seguintes fenômenos: a telepatia, ou sensação à distância, as aparições ou manifestações de moribundos, a transmissão do pensamento, a visão em sonho, em estado sonambúlico, sem o concurso dos olhos, a presciência ou premonição certos ruídos inexplicados, os levantamentos ou levitações contrarias as da gravidade, os movimentos e transportes de objetos sem contato e muitos outros fenômenos estranhos para muitos inexplicáveis. Tudo esta na natureza, tanto o desconhecido como o conhecido, e o sobrenatural não existe. Os eclipses, os cometas, as estrelas eram vistos como sobrenaturais, como manifestações da cólera divina, antes de se ter o conhecimento das leis que os regem. Todos os nossos conhecimentos humanos poderiam ser representados por uma minúscula ilha rodeada por um oceano sem limites. 

No dia de Pentecostes, vários fenômenos mediúnicos marcaram a tarefa dos apóstolos, mesclando-se efeitos físicos e intelectuais. Neles mostram-se os Valores mediúnicos a serviço da Religião Cósmica do Amor e da Sabedoria, situando-se desse modo, a Justiça Perfeita, no íntimo de cada um, para que se outorgue isso ou aquilo, a cada Espírito, de conformidade com as próprias obras. (A. Luiz - Nos Domínios da Mediunidade, Cap. XXVI) Gabriel Delanne, no livro “A Alma é Imortal” cita impressões produzidas pela aparições dos animais, a irrefutável percepção de espirilos que tem os animais, bem como, o terror que eles manifestam quando os percebem e a atitude que assumem, tio diferente da que guardam em presença dos fenômenos naturais. 

Percepções dos Animais O Espiritismo ensina que tudo se evolui no universo. Darwin abordou a evolução no plano da matéria, Kardec mais ousado enunciou a evolução do Espírito. (O Espírito e o Tempo - J. Herculano Pires) Tudo é transição na natureza, pelo fato mesmo de que nada é semelhante e que, todavia tudo se liga. (L.E, Cap. XI, q. 589) 

No L. E, questão 588, encontramos os apontamentos seguintes a respeito das faculdades perceptivas na fase rudimentar nos reinos inferiores da evolução da espécie: há nas plantas, como nos animais uma espécie de instinto de conservação dependendo da extensão que seda a esse termo. 

Na maioria dos animais há neles uma espécie de instinto de inteligência, cujo exercício é mais exclusivamente concentrado sobre os meios de satisfazerem suas necessidades físicas e proverem a sua conservação. L.E. Cap. XI-593 

No livro “O Consolador”, Emmanuel, pela psicografia de F. C. Xavier, vem de encontro a esse apontamento: “Os irracionais não possuem faculdades mediúnicas propriamente ditas. Contudo, têm percepções psíquicas embrionárias, condizentes ao seu estado evolutivo”. 

Erasto, no L.M., Cap. XXII, item 236, afirma: “Há um princípio que, estou seguro, é admitido por todos os espíritas: é que os semelhantes agem com seus semelhantes e como seus semelhantes. Ora quais são os semelhantes dos Espíritos senão os Espíritos encarnados ou não? 

Os animais adestrados compreendem certos pensamentos, mas já os vistes reproduzi-los? Conclui, pois, que os animais não podem servir de intérpretes. 

No Gênesis 1: 24 (Bíblia de Jerusalém) referindo-se a Criação de Deus diz: “Que a terra produza seres vivos segundo a sua espécie, animais domésticos, répteis e feras segundo sua espécie e assim se fez”. 

Continuando: 1:26 - “Façamos o homem à nossa imagem e semelhança, e que eles dominem sobre os peixes do mar, as aves do céu, os animais domésticos, todas as feras e todos os répteis que rastejam sobre a terra.” 

Em Eclesiastes 3:21 afirma: “Não procures o que é muito difícil para ti, não investigues o que Vai além de tuas forças”. 

É possível que Erasto tenha se mirado nesses ensinamentos e conhecendo a imperfeição da humanidade falava de uma fase transitória do principio inteligente na sua caminhada evolutiva, e que naquela condição, os animais não podiam ser comparados ao ser humano. 

André Luiz, no livro “Mecanismo da Mediunidade”, cap. X, diz: “Nos reinos inferiores da natureza, a Corrente mental restringe-se a impulsos de sustentação nos seres de constituição primaria, a começar dos minerais, preponderando nos vegetais e avançando pelo domínio dos animais mais simples, para se evidenciar mais complexa nos animais superiores que já conquistaram bases mais amplas a produção do pensamento continuo”. 

Emmanuel, em “O Consolador” perg. 79, afirma: “A escala do progresso é sublime e infinita. O mineral é atração. O vegetal é sensação. O animal é instinto. O homem razão. O anjo é Divindade. Busquemos reconhecer a infinidade de laços que nos unem nos Valores gradativos da evolução e ergamos em nosso íntimo o santuário eterno da fraternidade universal”. 

Fechando Cap. XXII do “Livro dos Médiuns” diz Erasto, “Parar resumir: os fatos medianímicos não podem se manifestar sem o concurso consciente ou inconsciente de médiuns; e não é senão entre os encarnados, Espíritos como nos que podemos encontrar aqueles que nos sirvam de médiuns”. 

Bibliografia: KARDEC, Allan - Livro dos Médiuns KARDEC, Allan - Livro dos Espíritos ARMOND, Edgard. Mediunidade XAVIER, Francisco Cândido (Emmanuel). O Consolador XAVIER, Francisco Cândido (André Luiz). Mecanismo da Mediunidade FLAMMARION, Camille. O Desconhecido e os Problemas Psíquicos PRADA, Irvênia. A Questão Espiritual dos Animais  

Parte B - ÊXITO MEDIÚNICO 

A faculdade mediúnica é uma condição natural do desenvolvimento dos seres humanos. E uma faculdade comum a todos, ou seja, está presente no desenvolvimento inato das criaturas. 

O surgimento da mediunidade não depende de idade, condição social, sexo ou lugar. Pode surgir na infância, adolescência, na idade madura ou mesmo na velhice. 

Os sintomas variam ao infinito: 
 Sensação de enfermidade, só aparente;
 Calafrios e mal estar; 
 Irritações estranhas; 
 Pode ser espontânea ou exuberante. 

É como um botão de rosa que desabrocha, para no encanto de uma rosa, embelezar a vida. “Emmanuel”.  A Doutrina Espírita como um jardineiro cuidará de seu crescimento, ensinando que o adubo da paciência, perseverança, boa vontade, humildade, sinceridade, estudo e trabalho são os ingredientes que vão enriquecer na educação e aprimoramento desta faculdade valiosa onde o médium caminha na sua evolução espiritual. São os talentos divinos atribuídos ao homem para que sejam aproveitados na obra de redenção da humanidade e de si mesmo. 

As tarefas mediúnicas bem conduzidas, com a consequente valorização dos bens divinos, converterão o medianeiro em instrumento e representante da mediunidade vitoriosa. (“Mediunidade e Evolução” Martins Peralva)  

Mediunidade é igual ao trabalho: acessível a todos. 

Qualquer médium também é suscetível de ser mobilizado, na produção de fenômenos múltiplos, favorecendo pesquisas e observações, com algum proveito, mas se quisermos rendimento medianímico, seguro e incessante na composição doutrinária do Espiritismo, cada tarefeiro da mediunidade, embora pronto a colaborar, seja onde for no levantamento do bem, é convidado a consagrar-se a própria função, conquanto possua faculdades diversas, amando-a, estudando-a, desenvolvendo-a e praticando-a no serviço ao próximo, que será sempre serviço a nos mesmos. (“Opinião Espírita”)  

No Campo da mediunidade, o dever retamente cumprido é a bussola que propiciara rumo certo, ao porto seguro. (“Religião dos Espíritos”)  

Em sua luminosa passagem o fenômeno mediúnico, por toda parte, é intimado à redenção da consciência. (Religião dos Espíritos) 

Sobretudo, lembra-te sempre de que o talento mediúnico, encerrado nas tuas mãos, deve ser a tela digna em que os mensageiros da Espiritualidade Maior, possam criar as obras primas da caridade e da educação dignos de se expor ao publico. (“Religião dos Espíritos”) 

A mediunidade é aquela luz que seria derramada sobre toda a carne prometida pelo Divino Mestre aos tempos do Consolador, atualmente em curso na terra. Sendo luz que brilha na carne, a mediunidade é atributo do Espírito, patrimônio da alma imortal, elemento da posição moral da criatura terrena, enriquecendo todos os seus Valores no capitulo da virtude e da inteligência, sempre que se encontre ligada aos princípios evangélicos na sua trajetória pela face do mundo. (O Consolador, 382). 

Mantenhamos a constância no estudo e na ação. O médium evoluirá trabalhando e se elevará servindo. Nada de reclamações nem bravatas. Tomemos cada qual de nos, os tarefeiros nos dois planos de vida, as obrigações que nos competem sem o intento de exceder a nossa capacidade, mas sem deixar de sermos uteis a pretexto de modéstia. (“Sol Nas Almas”) 

A mediunidade de hoje, com seu imenso cortejo de aflições e desequilíbrios, deixara de existir, e surgira a Mediunidade Gloriosa, fonte dos mais elevados ideais, jorrará fertilizando a sementeira da fraternidade instituída pelo Mestre Galileu no cenário da Palestina. 

O ensino de Jesus, aplicando a Mediunidade é claro: “Daí de graças que de graça recebestes.” (Martins Peralva) 

Bibliografia: XAVIER, Francisco Cândido; VIEIRA, Waldo (Espírito André Luiz). Sol Nas Almas XAVIER, Francisco Cândido (Emmanuel). O Consolador XAVIER, Francisco Cândido (Emmanuel). Opinião Espírita XAVIER, Francisco Cândido (Emmanuel). Religião dos Espíritos PERALVA, Martins. Mediunidade e Evolução  SANTO, Francisco do Espírito. A Imensidão dos sentidos PUGLIA, Silvia C. S. C. – CDM 

Questões para Reflexão
 1) Explique porque o ato mediúnico só possível entre os humanos.
 2) Explique o que ocorreu no fenômeno da mula de Balaão visto que a faculdade mediúnica é exclusivamente humana. 
3) Exponha em linhas gerais o que é necessária para se obter êxito nas tarefas mediúnicas. 4) Comente sobre a moral do médium no trabalho mediúnico.  

Parte C - DPM - CONCENTRAÇÃO, 1ª, 2ª E 3ª FASES 

Para que possamos perceber cada fase é necessário exercitarmos várias vezes dando-nos confiança e segurança na realização da tarefa. 

FEESP - CURSO DE EDUCAÇÃO MEDIÚNICA – 1º. ANO  

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