O que é empatia e simpatia?
A
empatia é tentarmos entender os
outros, termos a capacidade de ver e compreender a realidade através dos olhos
dos outros.
Muitos
confundem a empatia com a simpatia, embora sejam diferentes.
Simpatia é o que nós sentimos em relação aos
outros ou o que transmitimos para os outros.
A
simpatia tem como objetivo estar com o outro e agradar e a empatia tem como objetivo
conhecer e compreender. Embora parecidos, seus significados são diferentes e
devem ser usadas em situações diferentes. Ambos contribuem para um bom
desenvolvimento das relações humanas, mas são conceitos distintos.
Lívia Pereira Santos em seu Livro Frente ao Estresse explica que a
empatia, isto é, entrar no sentimento do outro possibilita:
- · Aprender e compreender as vivências afetivas e os sentimentos.
- · Encontros e reencontros que nos colocam em contato com o nosso íntimo.
É através dessas duas possibilidades que está condicionada:
- · Aceitação
- · Afetividade
- · Afinidade
- · Entendimento
- · Concordância
- · Proximidade.
Elementos indispensáveis para que haja simpatia entre as partes, e
ação crescente de afetividade.
Lívia chama atenção para a TROCA ENERGÉTICA que se estabelece no
processo simpático, fortalecendo os processos empáticos que vem a transformar
laços de amizade em amor, convivência, sustentação e compreensão. Por outro lado, há também as tão faladas ANTIPATIAS motivadas
pelos seguintes aspectos:
·
Distanciamentos;
·
Separações
·
Sectarismo (definir)
·
Intolerâncias
·
Indiferenças
·
Preconceitos
·
Desafetos
·
Desentendimentos
Esses
aspectos fornecem ENERGIAS REPELENTES, densas, causando uma intoxicação mental,
tendo como resultado os seguintes SENTIMENTOS:
·
Solidão
·
Constrangimentos
·
Irritação
·
Agressividade
·
Violência
·
Vulnerabilidade
O EQUILÍBRIO e a HARMONIA são de fundamental importância para que
sejamos felizes e para obtermos sucesso na ciência do amor que se constrói
pelas conquistas da empatia e da simpatia.
Lívia propõe um questionamento para que possamos refletir.
Quem de nós
poderia dizer que não precisamos de afetos?
Quando obtemos sucesso na CIÊNCIA DO AMOR, contrária à lei do egoísmo,
já adquirimos;
- · Confiança no próximo
- · Atitudes de paz
- · Autoconsciência (quem sou eu?)
- · Relacionamentos de amizade
- · Afetividade
- · Respeito mútuo
- · Boa convivência
O amor age
como força maior da expressão do afeto convergindo para o equilíbrio das
relações interpessoais.
Há uma
necessidade de COMPREENDER OS DEVERES E OS DIREITOS para que haja total
aceitação dos limites e das necessidades do outro.
CONVIVÊNCIAS
O Evangelho
guia os passos e os pensamentos de todos que buscam internalizar as lições do
Mestre Jesus. Um autêntico guia para o nosso aperfeiçoamento moral e a forma de
ver as coisas.
A autora
explicar que VIVER é reagir diante das provas e das expiações, fortalecendo-se
e firmando-se naquilo que se faz necessário para a sua própria evolução. Dentro desse
contexto é preciso:
- · Combater o desânimo e a inércia;
- · Compreender as razões das provas
- · Investir em sua reforma íntima
- · Um trabalho útil, tornando-se produtivo na sociedade
- · Investir em conhecimento, tornando-se mais instruídos.
Todos esses contextos de possibilidades afastam:
- · A depressão
- · A falta de vontade
- · O estresse emocional
- Os desacertos das relações antipáticas como um todo.
No Livro segundo de O Livro dos Espíritos de Allan Kardec, Mundo
Espírita ou dos Espíritos, Capítulo VII- Retorno a vida corporal, no item VII- Simpatias e Antipatias Terrenas, (Questões 386
à 391), Allan Kardec explica que:
Dois seres
que se conheceram e se amaram podem encontrar se noutra existência corpórea ,
porém, não poderiam se reconhecer; mas serem atraídos um pelo outro sim; e
frequentemente as ligações íntimas, fundadas numa afeição sincera, não provem
de outra causa. Dois seres se aproximam um do outro por circunstâncias
aparentemente fortuitas, mas que são o resultado da atração de dois Espíritos
que se buscam através da multidão.
Nem sempre
é agradável para eles se reconhecerem. A recordação das existências passadas
teria inconvenientes maiores do que acreditais. Apôs a morte eles se
reconhecerão e saberão em que tempo estiveram juntos.
A simpatia
nem sempre tem por motivo um conhecimento anterior. Dois Espíritos que tenham
afinidades se procuram naturalmente sem que se hajam conhecido como encarnados.
Há, entre
os seres pensantes, ligações que ainda não conheceis O magnetismo é a bússola
desta ciência, que mais tarde compreendereis melhor.
A
antipatia entre duas pessoas pode nascer primeiro naquele cujo Espírito é pior
ou melhor, mas as causas e os efeitos são diferentes. Um Espírito mau
sente antipatia por quem quer que o possa julgar e desmascarar; vendo uma
pessoa pela primeira vez, percebe que ela vai desaprová-lo; seu afastamento se
transforma então em ódio, inveja e lhe inspira o desejo de fazer o mal. O bom
Espírito sente repulsa pelo mau porque sabe que não será compreendido por ele e
que ambos não participam dos mesmos sentimentos; mas seguro de sua
superioridade, não sente contra o outro nem ódio nem inveja: contenta-se em
evitá-lo e lastimá-lo.
Já no capítulo V -Afeição dos Espíritos por certas pessoas (Questões
484 à 488), explica que os bons
Espíritos simpatizam com os homens de bem, ou suscetíveis de se melhorar;
os Espíritos inferiores, com os homens viciosos ou que podem viciar-se: daí o
seu apego, resultante da semelhança de sensações.
A afeição
verdadeira nada tem de carnal; mas quando um Espírito se apega a uma pessoa,
nem sempre o faz por afeição, podendo existir no caso uma lembrança de paixões
humanas.
Os bons
Espíritos fazem todo o bem que podem e se sentem felizes com as vossas
alegrias. Eles se afligem com os vossos males, quando não os suportais com
resignação, porque então esses males não vos dão resultados, pois procedeis
como o doente que rejeita o remédio amargo destinado a curá-lo.
A espécie
de mal que mais faz os Espíritos se afligirem por nós é o vosso egoísmo e vossa
dureza de coração: é disso que tudo deriva. Eles riem de todos esses males
imaginários que nascem do orgulho e da ambição e se rejubilam com os que têm
por fim abreviar o vosso tempo de prova.
Comentário
de Kardec: Os Espíritos, sabendo que a vida corporal é apenas transitória
e que as tribulações que a acompanham são meios de conduzir a um estado melhor,
se afligem mais pelas causas morais que podem distanciar-nos desse estado do
que pelos males físicos.
Os Espíritos pouco se importam com os infortúnios que só afetam as nossas
ideias mundanas, como fazemos com as aflições pueris da infância.
O Espírito que vê nas aflições da vida um meio de adiantamento para nós
considera-as como a crise momentânea que deve salvar o doente.
Compadece-se dos nossos sofrimentos como nos compadecemos dos sofrimentos
de um amigo mas vendo as coisas de um ponto de vista mais Justo, aprecia-os de
maneira diversa, e enquanto os bons reerguem a nossa coragem, no interesse do
nosso futuro os outros, tentando comprometer-nos, nos incitam ao desespero.
Nossos
parentes e nossos amigos, que nos precederam na outra vida, tem mais simpatia
por nós do que os Espíritos que nos sãos estranhos, e frequentemente vos
protegem como Espíritos, de acordo com o seu poder.
Eles são
muito sensíveis à afeição que lhes conservamos, mas esquecem aqueles que
os esquecem.
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