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03/05/2016

3ª Aula Parte A - MÉDIUM, SENSIBILIDADE E COMUNICAÇÃO COM OS ESPÍRITOS

“Limpai as mãos, pecadores; e, vós de duplo ânimo, purificai os corações.” - Tiago (4:8). Mediunidade é a faculdade orgânica de pôr-se em comunicação com Espíritos, desencarnados ou encarnados, captar-lhes o pensamento, ou sofrer-lhes a influência, ou ainda, a faculdade específica de servir de medianeiro (instrumento) as comunicações espíritas. 

Médium é a pessoa que pode servir de intermediária entre os Espíritos e os homens. Todo aquele que sente, num grau qualquer, a influência dos Espíritos é, por esse fato, médium. Essa faculdade é inerente ao homem. Não constitui, portanto, um privilégio exclusivo. Por isso, raras são as pessoas que dela não possuam alguns sintomas. Pode, pois, dizer-se que todos são mais ou menos médiuns. Todavia, usualmente, assim só se qualificam aqueles em quem a faculdade mediúnica se mostra bem caracterizada e se traduz por efeitos patentes, de certa intensidade, o que então depende de uma organização mais ou menos sensitiva. E de notar-se, além disso, que essa faculdade não se revela, da mesma maneira, em todos.  Geralmente, os médiuns têm uma aptidão especial para os fenômenos desta, ou daquela ordem, donde resulta que formam variedades, quantas são as espécies de manifestações. 

O desejo natural de todo aspirante a médium é o de poder contatar os Espíritos que lhe são caros: familiares, parentes ou amigos, porém, deve-se moderara sua impaciência ou ansiedade, porquanto a comunicação com determinado Espírito apresenta muitas vezes dificuldades que tomam impossível a comunicação ao principiante. Para que um Espírito possa comunicar-se, preciso é que haja entre ele e o médium relações fluídicas, que nem sempre se estabelecem instantaneamente. Só à medida que a faculdade se desenvolve, é que o médium adquire pouco a pouco a aptidão necessária para pôr-se em comunicação com o Espírito que se apresente. Antes, pois, de pensar em obter Comunicações de tal ou tal Espírito, importa que o aspirante leve a efeito o desenvolvimento de sua faculdade, para o que deve fazer um apelo geral e dirigir-se principalmente ao seu Espírito protetor. 

A mediunidade é uma faculdade psíquica que se radica no organismo e, por isso, o seu desenvolvimento independe da moral do médium. É outorgada tanto aos homens de bem, quanto as pessoas indignas. Perguntar-se-ia se não seria mais justo que Deus concedesse a mediunidade tão somente aos homens de bem, que dela fizessem bom uso. Os Espíritos esclarecem que Deus não recusa meios de salvação aos culpados. 

Se Deus desse a palavra somente as pessoas que falassem coisas úteis, a maioria seria muda. Se há pessoas indignas que possuem a atividade mediúnica, é que disso precisam mais do que as outras, para se melhorarem. 

FEESP - CURSO DE EDUCAÇÃO MEDIÚNICA – 1º. ANO 
Por isso o médium deve precaver-se contra a vaidade e o orgulho. Estar sempre vigilante, não vendo na mediunidade um mérito pessoal, mas uma outorga divina, que implica numa grande responsabilidade de empregá-la a serviço dos bons Espíritos e dos encarnados que precisam ser por ela favorecidos. Deve refugiarse na prece, pedindo ao Pai Celestial que o livre do assédio das forças do mal e não o deixe cair em tentação. Pode surgir como impositivo provacional que permite mais ampla libertação do próprio médium, que, em dilatando o exercício da nobilitação a que se dedica, granjeia consideração e títulos de benemerência que lhe conferem paz. Sem duvida, esse poderoso instrumento de evolução espiritual, pode converter-se em lamentável fator de perturbação, tendo em vista o nível espiritual e moral daquele que se encontra investido de tal recurso. 
Os médiuns não têm um perfil especifico. Em geral são pessoas mais sensíveis que as outras, mas isso não é regra. Podem descobrir se médiuns em qualquer idade. Os sinais mais comuns dessa condição são: 
 Desmaios e convulsões cuja causa os médicos não conseguem diagnosticar com exames físicos;
 Mudanças radicais na Voz e na fisionomia, perceptíveis, sobretudo pelas outras pessoas; 
 Ter premonições comprovadas; 
 Ter pensamentos recorrentes; 
 Sensações de formigamento nas mãos, na cabeça e na nuca;
 Ondas alternadas de frio e calor nas mãos, braços ou no corpo; 
 Escrita automática e compulsiva de textos de conteúdo estranho a experiência do autor; 
 Recomenda-se manter o bom senso e o juízo critico apesar de todas essas experiências. 

Não há bom médium, sem homem bom. Não há manifestação de grandeza do Plano Espiritual, no mundo, sem grandes almas encamadas na Terra. Em razão disso, diz o Espírito Emmanuel, no item 36 do livro Roteiro: “Só existe verdadeiro e proveitoso desenvolvimento mediúnico, se estamos aprendendo a estudar e servir. A bondade e o entendimento para com todos representam o roteiro único para crescermos em aprimoramento dos dons psíquicos de que somos portadores, de modo a assimilarmos as correntes santificantes dos planos superiores, em marcha para a consciência cósmica”. 

“No exercício da mediunidade com Jesus, isto é, na perfeita aplicação dos seus Valores a benefício da criatura, em nome da Caridade, é que o ser atinge a plenitude das suas funções e faculdades, convertendo-se em celeiro de bênçãos, semeador da saúde espiritual e da paz nos diversos terrenos da vida humana, na Terra.” (Joanna de Angelis Divaldo P. Franco, Livro Estudos Espíritas - item 18) Como ilustração de um tema tão complexo como este recomendamos a leitura e reflexão de “História de Médium”, no livro Novas Mensagens item 3, pelo Espírito de Humberto de Campos, psicografia de Francisco Cândido Xavier. 

Bibliografia: KARDEC, Allan. Livro dos Médiuns: 2ª Parte - Caps. XIV,XV, XVII, XX, XXIV  XAVIER, Francisco Cândido (Emmanuel). Roteiro: Item 36 XAVIER, Francisco Cândido (André Luiz). Missionários da Luz: cap. 3 XAVIER, Francisco Cândido (André Luiz). Mecanismos da Mediunidade: cap. XVIII MIRANDA, H. C. Diversidades de Carismas: Vol. I e II FRANCO, Divaldo P. (Joanna de Angelis). Estudos Espíritas: Item 18  

Parte B - EVANGELIZAÇÃO DO MÉDIUM 

A Moral é o conjunto de regras que constituem os bons costumes e consubstancia os princípios salutares de comportamento de que resultam o respeito ao próximo e a si mesmo. Decorrência natural da evolução estabelece as diretrizes seguras em que se fundam os alicerces da civilização, produzindo matrizes de caráter que vitalizam as relações humanas, sem as quais o homem, por mais avançado nos esquemas técnicos, poucos passos teria conseguido desde os estados primários do sentimento. 

Em Jesus a Moral assume relevante proposição, que modifica a estrutura do pensamento humano e social, abrindo o campo a experiências vigorosas, em que medram as legitimas aspirações humanas, que transitam do poder da forca para a forca do amor. Jesus se preocupa com a perfeição intima, ética, intransferível, dos homens, conclamando-os a realizarem, interiormente, o “Reino de Deus”. 

Certamente a moral crista ainda não alcançou os seus objetivos elevados. A vigência do postulado máximo do Cristo, sempre sábio e atual: “Fazer ao próximo o que desejar que este lhe faca” leva o médium ao encontro da felicidade espiritual. 

A virtude, no mais alto grau, é o conjunto de todas as qualidades essenciais que constituem o homem de bem. Ser bom, caritativo, laborioso, sóbrio, modesto, são qualidades do homem virtuoso. Infelizmente, quase sempre as acompanham pequenas enfermidades morais que as atenuam. Não é virtuoso aquele que faz ostentação da sua virtude, pois que lhe falta a qualidade principal: a modéstia; e tem o vício que mais se lhe opõe: o orgulho. 

O benfeitor espiritual é o mensageiro da perfeição e beleza. O homem é o veiculo de sua presença e intervenção. Todavia, se o homem esta mergulhado no desespero ou no desalento, na indisciplina ou no abuso, como desempenhar a função de refletor dos emissários Divinos? 

Como ensina-nos Emmanuel no item 18 do livro Caminho Verdade e Vida, pelo médium F. C. Xavier, cada homem tem a vida exterior, conhecida e analisada pelos que o rodeiam, e a vida intima da qual somente ele próprio poderá fornecer o testemunho. O mundo interior é a fonte de todos os princípios bons ou maus e todas as expressões exteriores guardam ai os seus fundamentos. Em regra geral, todos somos portadores de graves deficiências intimas, necessitado de retificação. Será muito fácil ao homem confessar a aceitação de verdades religiosas, operar adesão verbal a ideologias edificantes. Porém, outra coisa é realizar a obra da elevação de si mesmo, valendo-se da autodisciplina, da compreensão fraternal e do Espírito de sacrifício, efetuando-se assim a purificação do sentimento, no recinto sagrado da consciência, apenas conhecido pelo aprendiz, na soledade indevassável de seus pensamentos. Isso requer trabalho de duplo ânimo, porque semelhante renovação jamais se fará tão somente a custa de palavras brilhantes. 

Percebemos desse modo, que a evangelização do médium é o primeiro passo para o desenvolvimento de suas sagradas tarefas. Como cumpri-las, santamente e religiosamente sem render culto ao dever, trabalhar espontaneamente, não esperar recompensas no mundo? Como exercer a mediunidade sem irritação, desculpando incessantemente e sem medo dos perseguidores? Todos são chamados a cooperar, no conjunto das boas obras, a fim de que se elejam a posição de escolhidos para tarefas mais altas. 

O Evangelho é clima de paz em permanente efusão de esperança. O mundo é só oportunidade. O que não conseguimos hoje, conseguiremos depois. A caminhada na Terra tem como objetivo a aprendizagem e a renovação. Voltaremos à vida verdadeira concluindo o nosso curso. Não podemos gastar energias desnecessariamente diante dos problemas naturais, o que importa é a nossa filiação ao Evangelho lembrandonos sempre das palavras de Jesus que se encontram em Mateus, 4-19: “Segui-me e eu vos farei pescadores de homens.” Sábio é o homem que tem discernimento, fazendo opções elevadas; trocando o transitório de agora pelo permanente de sempre. 

Nos tempos atuais de renovação social, cabe aos médiuns uma missão especialíssima: são arvores destinadas a fornecer alimento espiritual aos seus semelhantes. Não podem representar à figueira que secou e que é o símbolo daqueles que apenas aparentam propensão ao bem, mas que na realidade nada de bom produzem. Médiuns existem em todos os pontos do globo terrestre. Seja na administração ou na colaboração, na beneficência ou no estudo, na tribuna ou na imprensa, no consolo ou na cura, no trabalho informativo ou na operação de fenômenos, todos são convocados a servir com sinceridade e desinteresse, na construção do bem, com base no burilamento de si próprios. No campo da vida, cada inteligência se caracteriza pelas atribuições que lhe são próprias. Seja nos recintos da lei, nos laboratórios da ciência, no tanque de limpeza ou a cabeceira de um doente, toda pessoa tem o lugar de revelar-se. Com o evangelho como sustentação não podemos dizer que somos inúteis ou desprezíveis. 

Se nos movimentarmos ao Sol do Evangelho, saberemos identificar o infortúnio, onde cremos encontrar simplesmente rebeldia e desespero, a ferida da ignorância, onde supomos existir apenas maldade e crime. Perceberemos que o erro de muitos se deve a circunstancia de não haverem colhido as oportunidades que nos felicitam a existência. 

A verdade é que todos estão interligados, em ministério mediúnico ativo, incessante, graças aos múltiplos dons de que nos achamos investidos. Assim sendo, meditemos nas possibilidades mediúnicas deque já estamos exercendo e procuremos elevar-nos pelo exercício das ações nobilitantes que o roteiro do Evangelho nos indica. Certamente que uns estão mais aquinhoados pelas faculdades mediúnicas que lhe São concedidas para a própria edificação. Se, todavia, não temos ainda os sintomas mais evidentes da mediunidade, na psicografia, na psicofonia ou na vidência, com certeza todos nos podemos ser os médiuns do amor e acender a lâmpada do auxilio fraterno, a fim de que a caridade nos transforme em médiuns da esperança entre os que aspiram a mundo melhor. 

Bibliografia: KARDEC, Allan. Evangelho Segundo o Espiritismo: Caps. XVII, item 8 cap. XXVI, item 10 XAVIER, Francisco Cândido (Emmanuel). Livro da Esperança: Itens 56 e 64 XAVIER, Francisco Cândido (Emmanuel). Palavras de Vida Eterna: Item 41 XAVIER, Francisco Cândido (Emmanuel). Caminho Verdade e Vida: Itens 20 e 30 XAVIER, Francisco Cândido (Emmanuel). Emmanuel: item 15 XAVIER, Francisco Cândido; VIEIRA, Waldo (Autores Espirituais Diversos). O Espírito da Verdade: item 5 FRANCO, Divaldo P. (Joanna de Angelis). Estudos Espíritas: Item 22  

Questões para reflexão:
 1) Descreva os cuidados que o médium dever ter para melhor exercitar a sua mediunidade. 
2) Descreva as sensações mais comuns ao médium. 
3) Comente a importância da evangelização do médium. 
4) Analise o pensamento de Emmanuel “O mundo interior é a fonte de todos os princípios bons ou maus e todas as expressões exteriores guardam em si os seus fundame

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